domingo, 12 de fevereiro de 2017

Reflexões à luz do Espiritismo


Comida, diversão e arte...

Em entrevista publicada no ano passado, o conhecido jornalista e escritor Marcelo Teixeira fala sobre seus livros e anuncia para breve o lançamento de uma interessante obra, por ele coordenada, que tem como título provisório a frase "Você tem fome de quê?", embora esse não seja o título definitivo, visto que já existe no mercado livreiro uma obra com o mesmo nome, de autoria do médico Deepak Chopra, que reuniu as mais recentes descobertas da ciência e os conhecimentos da medicina oriental para ajudar o leitor a desvendar os problemas por trás da luta contra a balança.
A pergunta é instigante: Amigo ou amiga que ora nos lê, você tem fome de quê?
A indagação faz parte da letra de um dos maiores sucessos gravados pelos Titãs, banda de rock formada em São Paulo em 1982. Na canção, em resposta à pergunta, o autor é enfático: "a gente não quer só comida”. “A gente quer comida, diversão e arte.”
Comida, diversão e arte!
Para a imensa maioria das pessoas que conhecemos, eis uma resposta que certamente satisfaz e cremos até que, para muitos, nem é preciso tanto, porque sabemos que existem criaturas cujo sonho é ter, um dia, uma casinha à beira de um rio onde possam viver, pescar e descansar, até que a morte assim o permita.
O fato é que as expectativas das pessoas variam de caso a caso.
Lembramo-nos, a propósito, de um episódio ocorrido com o saudoso Jerônimo Mendonça, mineiro de Ituiutaba, que retornou à pátria espiritual em novembro de 1989, aos 50 anos de idade.
Como muitos sabem, Jerônimo Mendonça permaneceu cerca de trinta e dois anos preso ao leito, tetraplégico, e com a agravante perda da visão. Quando ficou cego, amigos liam para ele.
Certa vez, um repórter lhe perguntou o que é a felicidade. Ele, de pronto, respondeu: “A felicidade, para mim, deitado há tanto tempo nesta cama sem poder me mexer, seria poder virar de lado”.
É evidente que, à luz dos conhecimentos espíritas, comida, diversão e arte não bastam.
É preciso sonhar com algo mais, porque não viemos a este plano para curtir, para passear, para fazer turismo, mas essencialmente para progredir, e nossa meta é a perfeição relativa, que todos nós poderemos atingir – e certamente atingiremos um dia – porque esse é o nosso verdadeiro destino.
Com o progresso espiritual efetivamente conquistado, todas as nossas fomes estarão satisfeitas.
Fome de paz...
De respeito a todos...
De solidariedade...
De justiça social...
De liberdade...
De igualdade...
De fraternidade...
É como disseram os imortais, em resposta a uma proposição que lhes foi apresentada por Allan Kardec:
“Numa sociedade organizada segundo a lei do Cristo ninguém deve morrer de fome.” (O Livro dos Espíritos, questão 930.)




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