domingo, 30 de abril de 2017

Reflexões à luz do Espiritismo


O preparo da chegada de um bebê começa bem antes de iniciar-se a gravidez

Dias atrás uma pessoa perguntou-nos se é possível que o corpo de um bebê possa formar-se antes de estar ligado a ele o Espírito que deverá utilizá-lo.
Dúvida dessa natureza não poderia ser levantada por quem se diz espírita, visto que, segundo ensina o Espiritismo, a reencarnação inicia-se na concepção, portanto no momento em que o corpo começa a formar-se. A ligação entre o corpo da criança e o perispírito que reveste a alma processa-se molécula a molécula e se completa com o nascimento do bebê. Esse é o ensinamento firmado nas obras de Allan Kardec, e Léon Denis, outro grande vulto das letras espíritas, não pensava de forma diferente.
Com efeito, lemos no seu livro O Grande Enigma, 7ª edição, publicada pela FEB:

A união da alma e do corpo começa com a concepção e só fica completa na ocasião do nascimento. No intervalo da concepção ao nascimento, as faculdades da alma vão, pouco a pouco, sendo aniquiladas pelo poder sempre crescente da força vital recebida dos geradores, que diminui o movimento vibratório do perispírito. Esta diminuição vibratória do envoltório fluídico produz a perda da lembrança das vidas anteriores. (O Grande Enigma, págs. 192 e 193.)

Em O Livro dos Espíritos, a principal obra da doutrina espírita, o assunto é tratado com clareza na questão seguinte:

344. Em que momento a alma se une ao corpo?
“A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito que então solta anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.” (O Livro dos Espíritos, questão 344.)

No mês de julho de 1860, a Revista Espírita publicou, da lavra de Allan Kardec, a informação adiante reproduzida, que reforça o ensinamento a que nos reportamos:

Sabe-se que, no momento da concepção, o Espírito designado para habitar o corpo que deve nascer é tomado por uma perturbação, que vai crescendo à medida que os laços fluídicos, que o unem à matéria, se apertam, até as proximidades do nascimento. Neste momento, perde igualmente toda a consciência de si mesmo e não começa a recobrar as ideias senão no momento em que a criança respira. Só então é que se torna completa e definitiva a união entre o Espírito e o corpo. (Revista Espírita de julho de 1860.)

Os anos passaram e em 1868, com a publicação de A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, Kardec legou-nos uma explicação mais detalhada e demorada acerca do assunto:

Logo que o Espírito deva encarnar-se num corpo humano em via de formação, um laço fluídico, que não é outro senão uma expansão do perispírito, o amarra ao germe sobre o qual ele se encontra lançado por uma força irresistível desde o momento da concepção. À medida que o germe se desenvolve, o laço se aperta; sob a influência do princípio vital material do germe, o perispírito, que possui certas propriedades da matéria, une-se molécula a molécula com o corpo que se forma; de onde se pode dizer que o Espírito, por intermédio de seu perispírito, toma, de alguma forma, raiz neste germe, como uma planta na terra. Quando o germe está inteiramente desenvolvido, a união é completa e, então, ele nasce à vida exterior. (A Gênese, cap. XI, item 18.)

Com base nas informações ora reproduzidas, podemos, portanto, afirmar que na gravidez viável, isto é, naquela em que está prevista efetivamente a reencarnação de um Espírito, este se liga ao zigoto desde o instante da concepção e não existe, pois, a hipótese de um corpo se formar para depois disso um Espírito ser a ele ligado.
Vale também lembrar que antes do processo reencarnatório propriamente dito existe todo um planejamento, que inclui até mesmo a configuração do futuro corpo do reencarnante, ou seja, o seu preparo. No livro Nosso Lar, no capítulo 47, “A volta de Laura”, vê-se que, a pedido de Laura, algumas providências relativas ao seu organismo físico foram tomadas, exatamente nesse período que precede o ato reencarnatório.
Conta-nos André Luiz no capítulo mencionado:

A essa altura, o funcionário das Contas observou:
– E não podemos esquecer que Laura volta à Terra com extraordinários créditos espirituais. Ainda hoje, o Gabinete da Governadoria forneceu uma nota ao Ministério do Auxílio, recomendando aos cooperadores técnicos da Reencarnação o máximo cuidado no trato com os ascendentes biológicos que vão entrar em função para constituir o novo organismo de nossa irmã.
– Ah! é verdade – disse ela –, pedi essa providência para que não me encontre demasiadamente sujeita à lei da hereditariedade. Tenho tido grande preocupação, relativamente ao sangue. (Nosso Lar, cap. 47.)

O planejamento, ou o preparo a que nos referimos, ocorre, pois, bem antes do início da gravidez, de tal modo que, definidos os planos, quando chega o momento da concepção, o Espírito já se encontra a postos para, algumas horas depois do ato sexual, ser ligado ao zigoto, ligação essa que se tornará definitiva quando a criança vier à luz.



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sábado, 29 de abril de 2017

Destaques da revista “O Consolador”





Destaques da edição 514

Aqui estão os destaques da revista O Consolador, seguidos dos respectivos links:
Capa contendo as chamadas principais e o índice dos assuntos publicados 
Luiz Carlos Costa, do CEFEAC, de Garça (SP), é o nosso entrevistado.
“Domesticação dos instintos agressivos” – eis o título do Especial de Rogério Coelho.
Saiba mais sobre a vida e a obra de Amalia Domingo Soler, a quem devemos o clássico “Memórias do Padre Germano”.
“Quando a ciência pode tornar-se ferramenta inútil ou perigosa.” (Editorial)
Pergunta de um leitor: - Os Espíritos sofredores sofrerão para sempre?
Veja o noticiário geral do movimento espírita no Brasil.
Anote e acompanhe os próximos eventos espíritas internacionais.
Qual é a posição espírita acerca da religião e suas bases fundamentais?
Qual é a base de toda e qualquer medicação espiritual?
Como entender esta fala atribuída a Jesus: Pai, se possível, afaste de mim este cálice, mas que se faça a sua vontade?
“Felicidade e necessidade.” (Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo)
“As provas na Terra apresentam sempre o lado de luz de que são mensageiras.” (Emmanuel)
“Sofrer ou não sofrer, eis a questão…” (Bruno Abreu)
É possível a um sensitivo “ler” o pensamento de uma pessoa encarnada?
“Como viver” – veja o que diz Maria Augusta de Souza (Espírito).
“Falando do amor.” (Cláudio Bueno da Silva)
“Era uma vez uma baleia azul...” (Tia Célia)
“Páscoa: renovação de valores e virtudes.” (Diamantino de Bártolo)
Por que a mudança de conduta mental é em alguns casos mais difícil?  
Chico Xavier em sua tarefa no campo da caridade material.
“Ainda não houve Abril… para os espíritas!” (José Lucas)
“Laboru por la bono de ĉiuj.” (Andreo Ludoviko)
“Pela Bíblia, somos demônios, deuses e anjos ainda maus ou já bons.” (José Reis)
Os Espíritos dos brancos podem reencarnar como negros?
Declamou-se na festa vários poemas. Há erro na frase?
“A maior de todas as necessidades.” (Ricardo Orestes Forni)
“Traços da caridade” – mais um lindo poema de Maria Dolores.
“Há de fato uma moral espírita?” (Rogério Miguez)





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Contos e crônicas


O meu plano e o código divino

Mímese da crônica de 11 de outubro de 1885 (Balas de estalo)


JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Hás de lembrar-te de minha adesão, completa e irrefutável, ao Espiritismo. Lerás agora o plano que me ocorrera, antes de converter-me ao novo credo, e a resposta que recebi dos Céus.
Meu plano era investigar todos os fenômenos, sem preconceitos, antes de refutá-los ou aceitá-los, com a coragem necessária para quebrar os milenares paradigmas religiosos  da Terra. Aceitei-os.
Faltava-me, ainda, coragem para assumir minha crença, como o fiz na última crônica. Tão logo associei-me ao Centro Espírita Delfos, na Rua do Espírito Santo, em São Cristóvão, nesta Cidade Maravilhosa, mudei-me, com Carolina, para o bairro do Cosme Velho, haja vista sua proximidade com aquela casa espírita.
Duvidas? Pois fica sabendo, meu caroável amigo, que do Cosme Velho a São Cristóvão, via Túnel Rebouças, são apenas 13,8 km. Esse túnel foi criado em homenagem ao amigo André Rebouças, o maior engenheiro carioca do Século XIX, no meu entendimento.
O que me aconteceu, a partir de então, foi algo extraordinário. Como te disse na crônica passada, descobri que sou Laurence Sterne, o escritor inglês galhofeiro do Século XVIII, reencarnado no Rio de Janeiro; mas agora tornei-me sério, e é de coisas sérias que desejo falar-te. 
O Espiritismo, amigo, é a Filosofia, Ciência e Religião do futuro. Sua maior finalidade, além de contribuir com a nossa evolução espiritual, é destruir o Materialismo, como já vem ocorrendo nestes dias. Sua expansão dar-se-á em progressão geométrica, ante as atuais descobertas da Ciência Quântica, que contribuirão para a derrocada final do Ateísmo no Mundo.
Ainda duvidas? Lê o que um mineirinho psicografou e foi ditado por três poetas do Além. O primeiro soneto é de ninguém mais, ninguém menos que o Espírito Alphonsus de Guimaraens. Compara. O mesmo estilo, a mesma elevação espiritual, o mesmo simbolismo sublime do poeta da Terra está no poeta do Espaço Metafísico em: Santa Virgo Virginum

Sobe da Terra, em ondas luminosas,
Um turbilhão de vozes e de lírios,
Buscando-vos nas Luzes Harmoniosas,
Oh! Virgem da Pureza e dos Martírios!

Imagens de turíbulos e rosas
Aromatizam todos os empíreos...
Há na Terra canções maravilhosas
Entre as luzes e as lágrimas dos círios.

Senhora, o mundo inteiro vos festeja,
Em magnificência ampla e radiosa,
Nos altares simbólicos da Igreja!

Eis, porém, que vos vejo nos caminhos,
Onde a vossa virtude carinhosa
Consola e ampara os fracos pobrezinhos...

Agora, o mesmo psicógrafo, refiro-me a Chico Xavier, retransmite-nos a lira de Auta de Souza, a poetisa mística potiguar, autora da obra Horto, quando na vida física. Lê e delicia-te com a suavidade do Espírito imortal, pela pena do “Mineiro do Século”, no soneto intitulado 
Prece

Estendei vossa mão bondosa e pura,
Mãe querida dos fracos pecadores,
Aos corações dos pobres sofredores
Mergulhados nos prantos da amargura.

Derramai vossa luz, toda esplendores,
Da imensidade, da radiosa altura,
Da região ditosa da ventura,
Sobre a sombra dos cárceres das dores!

Ó Mãe! excelsa Mãe de anjos celestes,
Mais amor, desse amor que já nos destes,
Queremos nós em cada novo dia;

Vós que mudais em flores os espinhos,
Transformai toda a treva dos caminhos
Em clarões refulgentes de alegria.

Por fim, para não te cansar, paciente leitor, brinda-te o vate português, Antero de Quental, com o soneto post mortem intitulado Rainha do Céu, e o Chico registra fielmente seu apelo:

Excelsa e sereníssima Senhora,
Que sois toda Bondade e Complacência,
Que espalhais os eflúvios da Clemência
Em caminhos liriais feitos de aurora!...

Amparai o que anseia, luta e chora,
No labirinto amargo da existência.
Sede a nossa divina providência
E a nossa proteção de cada hora.

Oh! Anjo Tutelar da Humanidade,
Que espargis alegria e claridade
Sobre o mundo de trevas e gemidos;

Vosso amor, que enche os céus ilimitados,
É a luz dos tristes e dos desterrados,
Esperança dos pobres desvalidos!...

Esta é uma pálida ideia do que as potências invisíveis vêm fazendo, há mais de um século, pela literatura do Além, sem que haja qualquer plágio ou mistificação do pobrezinho de Minas Gerais, o qual jamais aceitou qualquer retribuição financeira, pelas mais de quatrocentas! obras mediúnicas captadas por sua antena psíquica. Eu, mísero verme, a tudo isso e muito mais assisti do Centro Espírita Delfos e agora compartilho contigo em reverência a nossa Mãe Santíssima.
O Código Divino exige o império do amor sobre a Terra, e o amor de Nossa Senhora é a representação do mais puro sentimento descido do Céu, o amor materno.
Cuido mesmo que, se toda a nova revelação fosse derramada, de uma só vez, sobre ti, leitor, ficarias cego com a luz sublime jorrada sobre a Humanidade neste tempo apocalíptico.
Muito mais cousas virão, em especial a partir de julho de 2017, segundo informações mediúnicas que obtive no Delfos. Quem viver verá e ouvirá.
Adeus!






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sexta-feira, 28 de abril de 2017

Iniciação aos clássicos espíritas




A Reencarnação

Gabriel Delanne

Parte 2

Continuamos o estudo do clássico A Reencarnação, de Gabriel Delanne, de acordo com a tradução feita por Carlos Imbassahy publicada pela Federação Espírita Brasileira.
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
1) questões preliminares;
2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

Questões preliminares

A. A ideia das vidas sucessivas está presente nas Escrituras?
B. Que é que as fotografias dos fantasmas revelaram?
C. Que é que Charles Richet e William Crookes detectaram nas aparições?
D. Existe algo semelhante ao perispírito nos seres inferiores da criação?

Texto para leitura

14. Entre os hebreus a ideia das vidas anteriores era geralmente admitida, embora apareça de maneira velada nas Escrituras, como se vê em Isaías (24:19) e Job (14:10 e 14). (PÁG. 22)
15. Nos Evangelhos a ideia dos renascimentos é mais explícita. Os judeus acreditavam na volta de Elias, e Jesus mesmo afirmou: "Elias já veio e não o reconheceram". (PÁG. 22)
16. O diálogo com Nicodemos contém a célebre lição de Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo, ninguém verá o reino de Deus, sem nascer de novo". (PÁG. 23)
17. São Jerônimo diz que a Palingenesia foi ensinada por muito tempo como uma verdade esotérica e tradicional. Orígenes a admitia como uma necessidade lógica para a compreensão da Bíblia. (PÁG. 24)
18. Leibnitz entende que o princípio inteligente, sob a forma de mônada, pôde desenvolver-se na sequência animal. Dupont de Nemours, como Leibnitz, supõe que o princípio inteligente passa por todos os organismos vivos antes de chegar à Humanidade. (PÁG. 26)
19. Foi em 1857 que Allan Kardec publicou "O Livro dos Espíritos", no qual expõe todas as razões filosóficas que o conduziram à admissão da teoria das vidas sucessivas, e é a ele, principalmente, que se deve a propaganda dessa grande verdade nos países de língua latina. (PÁG. 28)
20. Dr. Gustave Geley bem como outros cientistas (Dr. Maxwell, Dr. Moutin, De Rochas, Lancelin, Carreras e Prof. Tummolo) afirmaram sua convicção na doutrina das vidas sucessivas. (PÁG. 29)
21. Graças à Sociedade Inglesa de Pesquisas Psíquicas, foi estabelecido que a telepatia é uma realidade indiscutível, que a clarividência é bem real e que a previsão do futuro já foi muitas vezes averiguada. (PÁG. 32)
22. O corpo fluídico da alma, o perispírito, foi suspeitado em todas as épocas: os hindus lhe chamavam Linga Sharira; os hebreus, Néphesph; os egípcios, Ka ou Bai; os gregos, Ochéma; Pitágoras, o carro sutil da alma ou Eidolon; o filósofo Cudworth, o mediador plástico; e os ocultistas, corpo astral. (PÁG. 33)
23. A alma pode sair do seu corpo físico para mostrar-se ao longe com um segundo corpo idêntico ao primeiro, e, em certos casos, capaz de gozar temporariamente as mesmas propriedades. Isto não é teoria: é a própria Natureza que fala, pois as provas são abundantes. (PÁG. 33)
24. Ressalta da observação e da experiência que o indivíduo humano é capaz, em circunstâncias especiais, de separar-se em duas partes: de uma, vê-se o corpo físico, geralmente inerte, mergulhado em sono profundo, e de outra, um segundo corpo, duplicata absoluta do primeiro, que age ao longe. (PÁG. 38)
25. Depois da morte, produzem-se fatos absolutamente semelhantes: as aparições dos defuntos têm caracteres idênticos às dos fantasmas dos vivos. Delanne explica, nesta obra, como podemos saber se não se trata de alucinação. (PÁGS. 39 e 40)
26. Os espiritistas foram os primeiros a organizar sessões experimentais, em determinados lugares e em dias escolhidos. (PÁG. 42)
27. O Prof. Richet, em seu "Tratado de Metapsíquica", associa o fantasma materializado à ectoplasmia, visto que ele não seria mais que um fenômeno de ideoplastia da matéria exteriorizada pelo médium. Delanne critica essa ideia. (PÁG. 43)
28. Nota-se pelas fotografias dos fantasmas que eles têm formas reais e possuem, durante a materialização, todos os caracteres dos seres vivos. (PÁG. 44)
29. William Crookes diz que Katie King (o Espírito materializado) era mais alta que Florence Cook (a médium). As orelhas de Katie não são furadas; Florence usa brincos. Katie é muito branca; Florence é muito morena. (PÁG. 45)
30. Tanto Crookes quanto Charles Richet cortaram e conservaram os cabelos de uma aparição materializada. (PÁG. 47)
31. Crookes afirma que a aparição possui coração e pulmões. Mas o mecanismo fisiológico de Katie King é diferente do da Srta. Florence Cook. Richet comprovou que a forma materializada possui circulação, calor próprio e músculos, e exala ácido carbônico. (PÁG. 48)
32. Diz Crookes que Katie King, na sua última entrevista, entrou com ele no gabinete da médium e, inclinando-se sobre esta, tocou-a, dizendo: "Acorde, Florence. É preciso que eu a deixe agora". A Srta. Cook acordou e, banhada em lágrimas, suplicou a Katie que ficasse. (PÁG. 49)
33. No livro "O Trabalho dos Mortos", Dr. Nogueira de Faria diz que muitas vezes a médium Sra. Prado ficava fechada numa gaiola e os Espíritos se materializavam do lado de fora. (PÁG. 53)
34. Frederico Figner viu por várias vezes sua filha Raquel materializada, nas sessões com a Sra. Prado, realizadas em Belém do Pará. (PÁG. 53)
35. O corpo fluídico é semelhante, em todos os pontos, e mesmo, anatomicamente, idêntico ao corpo físico. É um ser de três dimensões, com morfologia terrestre. (PÁG. 53)
36. Crookes não foi o único a auscultar fantasmas materializados. Dr. Hitchman, antropólogo de Liverpool, também foi favorecido. O banqueiro Livermore reviu sua companheira Estela. Lombroso viu sua mãe. (PÁG. 55)
37. O perispírito é o organizador ao qual a matéria obedece; é a realização física da "ideia diretora", que Claude Bernard assinala como a verdadeira característica da vida; e é, ainda, o desenho vital que cada um de nós realiza e conserva durante toda a existência. (PÁGS. 58 e 59)
38. O ser que nasce reproduz, durante a vida fetal, todas as formas mais simples que o precederam em seus ascendentes. O embrião é um testemunho irrecusável de nossas origens. (PÁG. 61)
39. Uma vez que o perispírito organiza a matéria, e como esta ressuscita das formas desaparecidas, é lógico concluir que ele conserva traços desse pretérito e que ele mesmo, o perispírito, evolveu através de estádios inferiores, antes de chegar ao ponto mais elevado da evolução. O princípio inteligente teria, pois, subido lentamente os degraus da série imensa dos seres, antes de desabrochar na Humanidade. (PÁG. 62)

Respostas às questões preliminares

A. A ideia das vidas sucessivas está presente nas Escrituras?
Sim; entre os hebreus a ideia das vidas anteriores era geralmente admitida, embora de maneira velada. Nos Evangelhos a ideia dos renascimentos é mais explícita. Os judeus acreditavam na volta de Elias, e Jesus mesmo afirmou: "Elias já veio e não o reconheceram". O diálogo com Nicodemos contém a célebre lição de Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo, ninguém verá o reino de Deus, sem nascer de novo". São Jerônimo diz que a Palingenesia foi ensinada por muito tempo como uma verdade esotérica e tradicional, e Orígenes a admitia como uma necessidade lógica para a compreensão da Bíblia. (A Reencarnação, cap. I, págs. 22 a 24.)
B. Que é que as fotografias dos fantasmas revelaram?
Que os desencarnados têm formas reais e possuem, durante a materialização, todos os caracteres dos seres vivos. Descobriu-se, graças às fotografias, que o corpo fluídico é semelhante, em todos os pontos, ao corpo físico. É um ser de três dimensões, com morfologia terrestre. (Obra citada, cap. II, págs. 44 e 53.)
C. Que é que Charles Richet e William Crookes detectaram nas aparições?
Examinando detidamente o Espírito materializado de Katie King, Crookes concluiu que a aparição possuía coração e pulmões. Richet comprovou que a forma materializada possuía circulação, calor próprio e músculos, e, além disso, exalava ácido carbônico. (Obra citada, cap. II, págs. 45 a 49.)
D. Existe algo semelhante ao perispírito nos seres inferiores da criação?
Sim, visto que o ser humano, ao renascer, reproduz, durante a vida fetal, todas as formas mais simples que o precederam em seus ascendentes. O embrião é um testemunho irrecusável de nossas origens. Uma vez que o perispírito organiza a matéria, e como esta ressuscita das formas desaparecidas, é lógico concluir que ele conserva traços desse pretérito e que ele mesmo, o perispírito, evolveu através de estádios inferiores, antes de chegar ao ponto mais elevado da evolução. (Obra citada, cap. II, págs. 58 a 62.)



Nota:
Link que remete ao texto anterior:




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