quarta-feira, 6 de junho de 2012

O stress ante a fé e os ensinamentos espíritas


Das lições de Richard Rahe, psiquiatra americano e diretor do centro de stress da Faculdade de Medicina da Universidade de Nevada, que em 1967, em parceria com Thomas Holmes, elaborou o primeiro autoteste para quantificar o nível de stress, várias conclusões podemos extrair relativamente à causa, aos efeitos e às formas de nos prepararmos para enfrentar as situações estressantes.
Segundo o dr. Rahe, o impacto dos estímulos que causam tensão na vida das pessoas agravou-se 50% desde os anos 60, mas o stress só existe como um fator fisiológico ou psicológico para quem se torna incapaz de lidar com os problemas que surgem naturalmente em sua vida.
As estatísticas revelam que, infelizmente, dois terços das pessoas acabam perdendo a batalha e ficam realmente estressadas.
O stress não é, em si mesmo, uma doença, mas pode levar a pessoa a ficar doente. A resposta do indivíduo ao stress se dá de duas formas: física e psicológica. Alguns ficam com dor de estômago e até úlcera; outros sentem apenas dor de cabeça. Pessoas há que se tornam excessivamente ansiosas ou caem em depressão profunda; outras podem sofrer quadros de paranoia.
Não é possível, na sociedade em que vivemos, evitar o stress, porque as tensões que envolvem o homem são cada vez maiores. Podemos, contudo, preparar-nos para enfrentá-lo e várias formas existem para isso. Uma das mais eficientes é manter o corpo em bom estado físico. Quem pratica exercícios físicos tende a baixar o nível de stress porque, ao controlar a pressão sanguínea, o coração continuará funcionando em ritmo adequado; mas só exercícios físicos não bastam.
É indispensável ter um bom preparo psicológico para enfrentar o stress, procurando buscar novas atitudes com relação aos problemas. A fé pode ajudar nisso. É por isso que as pessoas que têm alguma religião conseguem enfrentar melhor as pressões do dia-a-dia, porquanto, além de ter os olhos voltados também para a vida espiritual, elas desenvolvem trabalhos comunitários, que constituem atividades positivas para encarar esse mal.
Anos atrás, um famoso especialista em stress explicou, em uma conferência realizada no Brasil, como costuma agir ante uma situação estressante de modo a manter-se calmo e não perder a batalha. “Simplesmente – disse ele –, ante um fato assim, pergunto a mim mesmo: Que importância este fato terá daqui a cinco anos?”
Nós que acreditamos na imortalidade e na pluralidade das existências, incorporando à experiência de vida o que temos aprendido na doutrina espírita, poderíamos adotar, diante das tensões e vicissitudes da existência corpórea, pergunta semelhante, ligeiramente modificada, dirigindo-a a nós mesmos: “Que importância este fato terá na próxima existência?”.
Haverá atitude melhor do que essa?

Um comentário:

  1. Astolfo,
    Gostei do fato de que, com a doutrina espírita, podemos aumentar o prazo de cinco anos para, talvez, mais de cinquenta.
    (Brincadeira)

    Leonardo
    (Cuiabá)

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