terça-feira, 30 de outubro de 2012

Cada alma recebe da vida de acordo com aquilo que dá


Concluímos hoje mais uma etapa do estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz (Espírito), psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Três foram as questões examinadas:
1. Que lição pode-se extrair do caso Libório?
2. Se a esposa de Libório procurou, momentos antes, ajuda no Centro Espírita, como explicar a presença dela, naquela mesma noite, junto do esposo atormentado?
3. Por que há Espíritos que, embora desencarnados, ainda buscam o álcool e o cigarro?

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Após ligeiro debate acerca das questões mencionadas, foram apresentadas e comentadas as respostas, seguindo-se a leitura e estudo do texto-base relativo ao tema da noite.
Eis, de forma resumida, as respostas dadas às questões propostas:

1. Que lição pode-se extrair do caso Libório?
Primeiro é preciso lembrar que o Espírito de Libório e sua esposa, ainda encarnada, continuavam sintonizados na mesma onda mental. Ele a vampirizava e ela, por seu pensamento, o atormentava. Segundo Aulus, era um caso de perseguição recíproca e há, na Terra, muitos médiuns assim. Aliviados dos vexames que recebem por parte de entidades inferiores, depressa reclamam-lhes a presença, religando-se a elas automaticamente, embora o propósito dos amigos espirituais de libertá-los. Enquanto não se modificam suas disposições espirituais, favorecendo a criação de novos pensamentos, jazem no regime da escravidão mútua, em que obsessores e obsidiados se nutrem das emanações uns dos outros. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 14, pp. 132 e 133.)

2. Se a esposa de Libório procurou, momentos antes, ajuda no Centro Espírita, como explicar a presença dela, naquela mesma noite, junto do esposo atormentado?
Aulus explicou que a mulher julgava querer socorro espiritual, mas no íntimo alimentava-se com os fluidos enfermiços do companheiro desencarnado e a ele se apegava, instintivamente. Milhares de pessoas são assim. Registram doenças de variados matizes e com elas se adaptam para mais segura acomodação com o menor esforço. Dizem-se prejudicadas e inquietas, todavia, quando se lhes subtrai a moléstia de que se fazem portadoras, sentem-se vazias e padecentes, provocando sintomas e impressões com que evocam as enfermidades a se exprimirem, de novo, em diferentes manifestações. Segundo Aulus, tal fato acontece na maioria dos casos de obsessão, e é por esse motivo que, em muitas ocasiões, as dores maiores são chamadas a funcionar sobre as dores menores, com o objetivo de acordar as almas viciadas nesse gênero de trocas inferiores. (Obra citada, cap. 14, pp. 133 a 135.)

3. Por que há Espíritos que, embora desencarnados, ainda buscam o álcool e o cigarro?
Aulus diz que muitos irmãos já desvencilhados do vaso carnal se apegam com tamanho desvario às sensações da experiência física que se cosem aos amigos encarnados temporariamente desequilibrados nos costumes desagradáveis por que se deixam influenciar. O que a vida começou – diz Aulus – a morte continua. Tais Espíritos situaram a mente nos apetites mais baixos do mundo, alimentando-se com um tipo de emoções que os localiza na vizinhança da animalidade. Não obstante haverem frequentado santuários religiosos, não se preocuparam em atender aos princípios da fé que abraçaram, acreditando que a existência devia ser para eles o culto de satisfações menos dignas, com a exaltação dos mais astuciosos e dos mais fortes. O chamamento da morte encontrou-os na esfera de impressões delituosas e escuras e, como é da Lei que cada alma receba da vida de conformidade com aquilo que dá, não encontram interesse senão nos lugares onde podem nutrir as ilusões que lhes são peculiares, porquanto, na posição em que se veem, temem a verdade e abominam-na, procedendo como a coruja que foge à luz. (Obra citada, cap. 15, pp. 137 a 139.)

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Na próxima terça-feira apresentaremos neste Blog o resumo do estudo realizado, para que os interessados, se o quiserem, possam acompanhar as lições já vistas.


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