domingo, 25 de novembro de 2012

O perdão faz bem à saúde


É conhecida a advertência evangélica a respeito do perdão. Ensinou-nos Jesus que constitui medida salutar a busca de nossos adversários e a reconciliação com eles, antes de oferecermos a Deus nossas oferendas e preces.
A doutrina ensinada pelos Espíritos superiores inclui o perdão das ofensas, a indulgência para com as imperfeições alheias e a benevolência para com todos entre as virtudes que formam o conceito de caridade tal como a entendia Jesus.
Como a caridade é, conforme a Doutrina Espírita, o caminho único da salvação – pois não existe outra maneira de se interpretar a máxima Fora da caridade não há salvação, adotada por Allan Kardec –, o perdão faz bem em qualquer circunstância, sobretudo aos que o concedem.
Os espiritistas, todas as vezes que examinavam essa questão, jamais pensaram em benefícios materiais. O bem resultante do perdão foi considerado sempre uma recompensa para o Espírito eterno, ainda que não significasse vantagem alguma em termos puramente materiais.
Usemos um exemplo colhido à vida.
Uma pessoa é espoliada por alguém, sofrendo por isso um enorme prejuízo. Ao perdoar ao seu algoz, ela não obtém, com esse gesto, nenhuma compensação material ou financeira, uma vez que seus benefícios serão tão-somente de ordem espiritual.
Esse era o pensamento dominante quando se falava no valor do perdão, até que um fato novo veio mostrar que o efeito de perdoar aos que nos prejudicam ou ofendem vai além de uma simples satisfação interior que enobrece a alma capaz desse gesto.
A novidade veio-nos de Michigan (Estados Unidos), onde pesquisadores do Hope College, situado na mencionada cidade, garantem que perdoar as ofensas é uma forma de manter a saúde e pode ser até mesmo crucial para a sobrevivência da espécie.
Comparando-se os batimentos cardíacos, a taxa de suor e outras reações de pessoas expostas ao sofrimento ou à raiva que conseguiram ou não perdoar, foi que os pesquisadores americanos concluíram que perdoar faz bem ao corpo e não somente à alma, algo que Jesus, com toda a certeza, sabia.
Fosse de outro modo, o Mestre não teria insistido tanto no assunto, que houve por bem incluir até mesmo no modelo de prece que passou à posteridade com o nome de Oração Dominical.
É fácil, pois, compreender esta singela lição que Joanna de Ângelis inseriu no cap. 23 de seu livro Episódios Diários, psicografado por Divaldo Franco:
“Só os homens de pequeno porte moral se desforçam, tombando em fosso mais profundo do que aquele em que se encontra o seu perseguidor.
Se desculpas o acusador, és melhor do que ele.
Se perdoas ao inimigo, te encontras em mais feliz situação do que a dele.
Se ajudas a quem te fere, seja por qual motivo for, lograste ser um homem de bem, um verdadeiro cristão.
Desforço, jamais! ”


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