domingo, 3 de fevereiro de 2013

Resposta a uma jovem mãe


O texto aqui postado no domingo passado (“Um apelo de Meimei em favor da criança”) suscitou da parte de uma jovem mãe a seguinte questão: Por que é tão importante cuidar da evangelização de nossas crianças?
É conhecida a posição de Kardec, o Codificador do Espiritismo, com relação ao ensino moral contido nos Evangelhos.
Escreveu Kardec: "Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É o terreno em que todos os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos podem abrigar-se, por mais diferentes que sejam as suas crenças, porque nunca foi objeto de disputas religiosas, sempre e por toda parte provocadas pelos dogmas”. (O Evangelho segundo o Espiritismo, Introdução, item I.)
Depois dessas palavras, Kardec acrescentou: “Para os homens, em particular, é uma regra de conduta, que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública, o princípio de todas as relações sociais fundadas na mais rigorosa justiça. É, por fim, e acima de tudo, o caminho infalível da felicidade a conquistar, uma ponta do véu erguida sobre a vida futura". (Idem, ibidem.)
Aí está, pois, o ponto central da resposta à pergunta formulada.
Evangelizar uma criança é ensinar-lhe o caminho que leva à paz, à harmonia, à felicidade possível no mundo em que vivemos. E quando tal tarefa deve começar? A resposta a esta dúvida é também por demais conhecida: na primeira infância, esse período da existência corpórea que mereceu de Emmanuel, em texto psicografado pelo médium Chico Xavier, as seguintes palavras: "A juventude pode ser comparada a esperançosa saída de um barco para uma longa viagem. A velhice será a chegada ao porto. A infância é a preparação".
Prestemos a devida atenção a esta frase: “A infância é a preparação”.
Segundo os Espíritos Superiores, encarnando-se com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito durante a infância “é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo".
As crianças são, como sabemos, os seres “que Deus manda a novas existências”. “Para que não lhes possam imputar excessiva seriedade, dá-lhes todos os aspectos da inocência. Julgando os seus filhos bons e dóceis, os pais lhes dedicam toda a afeição e os cercam dos mais minuciosos cuidados. A delicadeza da idade infantil os torna brandos, acessíveis aos conselhos da experiência e dos que devem fazê-los progredir. É na fase infantil que se lhes pode reformar o caráter e reprimir as suas más tendências. Esse é o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela qual terão de responder." (O Livro dos Espíritos, questões 383 e 385.)
Para deixar mais clara a explicação, Emmanuel escreveu: "O período infantil é o mais sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos. Até os sete anos, o Espírito ainda se encontra em fase de adaptação para a nova existência. Ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são, por isto, mais vivas, tornando-se mais suscetível de renovar o caráter e estabelecer novo caminho. Passada a época infantil, atingida a maioridade, só o processo violento das provas rudes, no mundo, pode renovar o pensamento e a concepção das criaturas, porquanto a alma encarnada terá retomado o seu patrimônio nocivo do pretérito e reincidirá nas mesmas quedas, se lhe faltou a luz interior dos sagrados princípios educativos". (O Consolador, pergunta 109.)
Cremos que, à vista das lições acima reproduzidas, a pergunta que abre este texto se encontra devidamente respondida.

Um comentário:

  1. Boa noite Senhor Astolfo Olegário de Oliveira Filho, agradeço pela lição de civilização recebida nos seus escritos. Acrescentar de estar recebendo as informções de o Consolador. Abraços. Reinaldo Cantanhêde Lima

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