quarta-feira, 19 de junho de 2013

Liberdade... para que te quero?


CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR

Liberdade... quanta ânsia para consegui-la. De repente, ela parece ser conquistada. E agora? Foi o que aconteceu com um cãozinho de mais ou menos um ano de idade. Vivia num quintal bastante espaçoso, mas queria mais, queria a liberdade de fora daquele lugar caseiro.
E na primeira oportunidade - portão aberto - saiu em disparada, corria sem saber para onde. Finalmente, alcançara o objetivo, mas o que fazer? Depois de alguns minutos, o dono percebeu sua ausência e não perdeu tempo, foi à procura. Logo o avistou e foi em sua direção. O cão, desesperado e com seu coraçãozinho batendo além da conta, veio ainda mais rápido para o reencontro.
Os pelinhos estavam molhados e misturados com um pouco de lama; havia chovido muito antes.
Que alegria seus olhinhos demonstraram!
– Meu dono, meu “papai”!
O dono, com todo carinho, resgatou-o, mesmo enlameado; era o amor acima de tudo. E é verdade, como queremos bem a essas pequenas criaturas!
E o cãozinho compreendeu que a liberdade tão almejada, porém, não compreendida, torna-se problema para quem a persegue e para os que parte fazem do enredo.
A liberdade pode ser vivenciada em qualquer metragem de espaço, não é a área que assegurará o objetivo, mas o estado de espírito no qual o ser se encontra.
Quando o amor realmente for maior que os outros sentimentos, e ainda receber o brilho verdadeiro que a ele pertence, o coração estará em paz e com liberdade onde estiver.
Valorizar o que se tem e quem se é, fazer do hoje o melhor do seu tempo e buscar o esmero, isso é a conquista real da liberdade na vida.
O cãozinho, sujo e trêmulo, mas muito feliz nos braços do seu “papai”, chorava baixinho de alegria, queria voltar logo para seu quintal caseiro e para sua maravilhosa vida que só agora começaria a valorizar de fato.
A liberdade só possui sentido quando é compreendida, assim como o viver.

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