terça-feira, 30 de julho de 2013

Moisés proibiu realmente que os hebreus consultassem os mortos?


Foi cumprida nesta noite mais uma etapa do estudo do Deuteronômio, livro que integra o chamado Pentateuco Mosaico. O estudo é realizado no Centro Espírita Nosso Lar, de Londrina-PR, em dois horários: na terça-feira (18h30) e na quinta-feira (14h30).

Eis as quatro questões propostas para debate:

1. Sem direito à terra, de que viveriam os levitas?
2. Moisés proibiu realmente que os hebreus consultassem os mortos?
3. Que eram as cidades de refúgio?
4. Que recomendações fez Moisés no tocante aos combates?

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Após um ligeiro debate acerca das questões acima, fez-se o estudo da noite e, no final, foram apresentadas e comentadas as respostas dadas às perguntas propostas.

Ei-las:

1. Sem direito à terra, de que viveriam os levitas?

Não somente os levitas, mas também os sacerdotes não deveriam ter parte ou herança alguma com o resto de Israel, porque haveriam de comer dos sacrifícios do Senhor e das oblações que lhe fossem feitas. Se fosse sacrificado um boi ou uma ovelha, dar-se-ia ao sacerdote a espádua e o peito, assim como as primícias do pão, do vinho e do azeite, e parte das lãs da tosquia das ovelhas. Os levitas viveriam, assim, dos dízimos oferecidos ao Senhor. (Dt., 18:1 a 8.)

2. Moisés proibiu realmente que os hebreus consultassem os mortos?

Sim. O povo hebreu não poderia imitar as abominações feitas pelos cananeus: que ninguém, pois, pretendesse purificar seu filho, ou sua filha, fazendo-os passar pelo fogo, nem consultasse adivinhos, ou feiticeiro, ou encantador, ou Píton, ou os mortos, visto que todas essas coisas o Senhor abominava. "Estas nações cujo país tu possuirás – disse-lhe o Senhor – ouvem os agoureiros e os adivinhos: tu, porém, foste instruído doutra sorte pelo Senhor teu Deus." (Dt., 18:9 a 22.)

3. Que eram as cidades de refúgio?

Eram as cidades destinadas, na terra prometida, a acolher os fugitivos por homicídio não doloso, ou seja, os que ferissem seu próximo sem intenção de fazê-lo. Três cidades foram destinadas a isso. A proteção dada ao fugitivo nessas cidades tinha por fim evitar que algum parente da vítima, estimulado pela dor, matasse o responsável pelo crime, embora este não merecesse a morte. Mais tarde, quando os limites da terra dos hebreus fossem alargados, o número de cidades deveria ser dobrado, para que não se derramasse o sangue dos inocentes. (Dt., 19:1 a 21.)

4. Que recomendações fez Moisés no tocante aos combates?

Moisés pediu ao povo de Israel que não temesse os adversários, ainda que eles fossem mais numerosos, porquanto o Senhor estaria a seu lado. Quando estivessem perto da batalha, o pontífice pôr-se-ia na frente do exército e falaria assim ao povo: "Ouve, ó Israel, vós estais hoje para combater contra os vossos inimigos: não se atemorize o vosso coração, não temais, não recueis, nem lhes tenhais medo, porque o Senhor vosso Deus está no meio de vós, e Ele pelejará por vós contra os vossos inimigos, para vos livrar do perigo".
Os oficiais deveriam nesse momento indagar se ali havia algum soldado que tivesse edificado casa nova, ainda não dedicada, ou alguém que, havendo plantado uma vinha, não a tivesse ainda feito comum, e ainda alguém que houvesse desposado uma mulher e todavia não a tivesse ainda em seu poder. Esses seriam temporariamente dispensados para ir, antes, cuidar de seus interesses. Aos covardes e medrosos, os oficiais deveriam dizer: "Há algum medroso, e de coração tímido? vá-se e volte para sua casa, para não fazer desmaiar o coração de seus irmãos".
Ao chegar a uma cidade, o povo de Israel deveria primeiramente lhe oferecer a paz. Se a cidade a aceitasse, e lhe abrisse as portas, todo o povo que nela houvesse seria salvo e lhe ficaria sujeito, pagando tributo. Mas, se não quisesse aceitar as condições e começasse a guerra contra Israel, eles então deveriam atacá-la. E depois, em sobrevindo a vitória, passariam ao fio da espada todos os varões que nela houvesse, reservando as mulheres e os meninos, os animais e tudo o mais que se achasse na cidade, distribuindo o esbulho todo pelo exército e valendo-se dos despojos dos inimigos. Isso era o que deveria ser feito às cidades longe de seu povo, além das que o Senhor lhes daria em possessão.
Quanto às que foram prometidas pelo Senhor, nenhum absolutamente deixariam com vida, passando-os todos ao fio da espada, tal como o Senhor havia ordenado, para que não sucedesse viessem eles ensinar ao povo de Israel todas as abominações que eles fizeram a seus próprios deuses. (Dt., 20:1 a 20.)

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Na próxima terça-feira publicaremos aqui a síntese do estudo da noite, para que o leitor, caso queira, possa acompanhar o desenvolvimento de nossas reuniões.



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