sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Uma criança pode ver realmente os chamados mortos?

Uma leitora de Minas Gerais pergunta-nos se é possível a uma criança de cinco anos ver seu pai desencarnado e com ele conversar.
Sim; a resposta é afirmativa, conforme dissemos no editorial da edição 62 da revista “O Consolador”, em que foi examinado o tema da criança e seus amigos imaginários.
O link que remete ao texto mencionado é - http://www.oconsolador.com.br/ano2/62/editorial.html.
Até os sete anos de idade, o Espírito da criança encontra-se em fase de adaptação para a nova existência e ainda não existe uma integração perfeita entre o Espírito e a matéria orgânica, fato que lhe permite emancipar-se e, eventualmente, ver vultos desencarnados que lhe fazem companhia, o que nos permite deduzir que os amigos imaginários de nossas crianças só o são na aparência. Eles não são imaginários, mas apenas invisíveis.
A vidência mediúnica durante os primeiros anos da existência de uma pessoa deve ser, portanto, tratada naturalmente. A experiência diz-nos que essa faculdade vai se apagando com o passar dos anos e pode mesmo desaparecer totalmente, salvo se o seu exercício fizer parte da programação reencarnatória da pessoa.
Os fatos de vidência, que Allan Kardec estudou em minúcias nos itens 100 e 190 de O Livro dos Médiuns, são um assunto pacífico no campo da fenomenologia espírita. Essa faculdade, que depende da organização física do médium, permite a este – mesmo durante a vigília – ver os chamados mortos.
Como os fenômenos mediúnicos não ocorrem à revelia das autoridades espirituais superiores, é claro que há Espíritos que se deixam ver e há outros que não são vistos, o que não significa que estejamos sós, porquanto os desencarnados habitualmente nos rodeiam.
Foi um caso de vidência por parte de uma criança de quatro anos, verificado em Caen (França), que levou Allan Kardec a reconhecer que a mediunidade de vidência não apenas parecia, mas era sim comum nas crianças.
Isso, disse Kardec, não deixava de ser providencial. “Ao sair da vida espiritual – explicou ele – os guias da criança acabam de conduzi-la ao porto de desembarque para o mundo terreno, como vêm buscá-la em seu retorno. A elas se mostram nos primeiros tempos, para que não haja transição muito brusca; depois se apagam pouco a pouco, à medida que a criança cresce e pode agir em virtude de seu livre-arbítrio.” (Revista Espírita de 1866, pp. 286 e 287.)


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