quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O bem é, sem dúvida, o verdadeiro antídoto do mal


Continuamos ontem à noite os estudos que fazemos semanalmente no Centro Espírita Nosso Lar (Londrina, PR), relativamente ao livro Ação e Reação, de André Luiz, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.
A seguir, o texto desta semana:

Questões para debate
A. A evolução para Deus pode ser comparada a uma viagem?
B. Que devemos entender por regime de sanções?
C. Em face das sanções referidas na questão anterior, que valor tem então a prece?

Texto para leitura

122. A evolução para Deus é como uma viagem - Druso observou ini­cialmente que é da mente clareada pela razão, sede dos princípios su­periores que governam a individualidade, que "partem as forças que as­seguram o equilíbrio orgânico, por intermédio de raios ainda inabordá­veis à perquirição humana, raios esses que vitalizam os centros peris­piríticos, em cujos meandros se localizam as chamadas glândulas endó­crinas, que, a seu turno, despedem recursos que nos garantem a estabi­lidade do campo celular". Nas criaturas encarnadas, esses elementos se consubstanciam nos hormônios que atuam sobre os órgãos do corpo fí­sico, através do sangue. O diretor asseverou que "todos os estados acidentais das formas de que nos utilizamos, no espaço e no tempo, de­pendem, assim, do comando mental". A evolução para Deus pode ser com­parada a uma viagem divina: "O bem constitui sinal de passagem livre para os cimos da Vida Superior, enquanto que o mal significa sentença de interdição, constrangendo-nos a paradas mais ou menos difíceis de reajuste". O corpo carnal vale, pois, por verdadeiro prêmio de Deus, que é necessário valorizar. Nas esferas purgatoriais há multidões que procedem do mundo, em deploráveis crises alucinatórias, após malversa­rem os bens da vida humana. Os que se entregam, conscientemente, à crueldade mental, cavam ruína e amargura para si mesmos, porque o mal infligido a outrem é sempre o mal que amontoam sobre suas cabeças. Acolhidas na Mansão, refazem-se pouco a pouco, mas é a reencarnação retificadora, isto é, a internação na carne em condições penosas, que surge por alternativa inevitável. Será preciso, então, renascer, su­portando obstáculos tremendos, oriundos da desarmonia perispirítica criada por nós mesmos. É preciso, contudo, antes da nova encarnação,  melhorar as contas... Daí o motivo por que instituições qual a Mansão funcionam, em vários campos das regiões inferiores, que, se­gundo a velha teologia, equivalem a regiões infernais... "O que, po­rém, existe, de fato – asseverou Druso –, é o imenso Umbral, situado en­tre a Terra e o Céu, dolorosa região de sombras, erguida e cultivada pela mente humana, em geral rebelde e ociosa, desvairada e enfermiça. Os companheiros desencarnados que despertam, devagarinho, para a res­ponsabilidade de viver, encarando face a face o imperativo do renasci­mento difícil no mundo, passam a trabalhar aqui laboriosamente, ven­cendo óbices terríveis e superando tempestades de toda a sorte, para a conquista dos méritos que descuraram durante a permanência no corpo, de modo a implantarem, no próprio espírito, os valores morais de que não prescindem para a sustentação de novas e abençoadas lutas no plano material." (Cap. 19, pp. 254 a 256) 

123. As enfermidades corretivas - Na sequência, disse Druso que é por isso que todos nós, para o recomeço das lides carnais, solicitamos o regime de sanções, ou alguém, em nosso nome, o faz, quando não dis­pomos do direito de fazê-lo. Por regime de sanções não se devem enten­der as lutas morais dentro do lar, nem a reaproximação com os Espíri­tos de que sejamos devedores, mas sim as providências retificantes, depois de muitas quedas reiteradas nos mesmos deslizes e deserções, que imploramos em favor de nós e em nós mesmos, como as deficiências congeniais com que ressurgimos no berço físico. Os que perderam opor­tunidades de trabalho na Terra pela ingestão de elementos corrosivos, como o álcool e outros tóxicos, tanto quanto os cultores da gula, atravessam quase sempre o sepulcro como suicidas indiretos e, desper­tando para a obra de reajuste indispensável, imploram o regresso à carne em corpos inclinados desde a infância à estenose do piloro, à ulceração gástrica, ao desequilíbrio do pâncreas, à colite e às múlti­plas enfermidades do intestino... Inteligências notáveis, com sucessi­vas quedas morais, através da leviandade com que se utilizaram do es­porte e da dança, pedem formas orgânicas ameaçadas de paralisia e reu­matismo, visitadas de achaques e neoplasmas diversos, que lhes obstem os movimentos. Druso pormenori­zou diversas outras situações, mostrando que a deficiência tem relação íntima com o vício ou a queda que lhe deram ensejo. "A cegueira, a mu­dez, a idiotia, a surdez, a paralisia, o câncer, a lepra, a epilepsia, o diabete, o pênfigo, a loucura e todo o conjunto das moléstias difi­cilmente curáveis – explicou Druso – significam sanções instituídas pela Misericórdia Divina, portas a dentro da Justiça Universal, aten­dendo-nos aos próprios rogos, para que não venhamos a perder as bên­çãos eternas do espírito a troco de lamentáveis ilusões humanas." (Cap. 19, pp. 257 e 258) 

124. O bem é o verdadeiro antídoto do mal - Druso informou que existem institutos especiais que providenciam as deficiências orgâni­cas pedidas pelos Espíritos reencarnantes. Aliás, a Bondade do Senhor permite-nos a graça de suplicar tais impedimentos, porque o reconheci­mento de nossas fraquezas e transgressões "nos faz imenso bem ao espí­rito endividado". "A humildade, em qualquer situação, acende luz em nossas almas, gerando, em torno de nós, abençoados recursos de simpa­tia fraterna", acrescentou o diretor, explicando que, ainda que não pedíssemos a aplicação daquelas penas, nossa posição não se modifica­ria, porquanto "a prática do mal opera lesões imediatas em nossa cons­ciência, que, entrando em condição desarmônica, desajusta, ela pró­pria, os centros de força em que se mantém". "Desse modo, os nossos institutos de trabalho para a reencarnação colaboram para que todos venhamos a receber na ribalta terrestre a vestimenta carnal merecida." Por que, então, a súplica, rogando essa ou aquela medida, atinente à nossa reeducação? A esta observação de Hilário, Druso respondeu em voz grave: "Oh! não formule semelhante problema! A prece, no sentido a que aludimos, é sempre um atestado de boa vontade e compreensão, no teste­munho da nossa condição de Espíritos devedores... Sem dúvida, não po­derá modificar o curso das leis, diante das quais nos fazemos réus su­jeitos a penas múltiplas, mas renova-nos o modo de ser, valendo não só como abençoada plantação de solidariedade em nosso benefício, mas tam­bém como vacina contra reincidência no mal. Além disso, a prece fa­culta-nos a aproximação com os grandes benfeitores que nos presidem os passos, auxiliando-nos a organização de novo roteiro para a caminhada segura". Depreendia-se das palavras do diretor que, ao nos reencarnar­mos, conduzimos conosco os remanescentes de nossas faltas, que nos partilham o renascimento, no corpo físico, como raízes congeniais dos males que nós mesmos plantamos. Essas assertivas não excluem, contudo, a necessidade de assepsia e higiene, medicação e cuidados, no trata­mento dos enfermos de qualquer procedência. "Desejamos simplesmente acentuar – asseverou Druso – que a alma ressurge no equipamento fí­sico transportando consigo as próprias falhas a se lhe refletirem na veste carnal, como zonas favoráveis à eclosão de determinadas molés­tias, oferecendo campo propício ao desenvolvimento de vírus, bacilos e bactérias inúmeros, capazes de conduzi-la aos mais graves padecimen­tos, de acordo com os débitos que haja contraído, mas também carreia consigo as faculdades de criar no próprio cosmo orgânico todas as es­pécies de anticorpos, imunizando-se contra as exigências da carne, fa­culdades essas que pode ampliar consideravelmente pela oração, pelas disciplinas retificadoras a que se afeiçoe, pela resistência mental ou pelo serviço ao próximo com que atrai preciosos recursos em seu fa­vor." "Não podemos esquecer que o bem é o verdadeiro antídoto do mal", acentuou o diretor. (Cap. 19, pp. 259 e 260) 

Respostas às questões propostas


A. A evolução para Deus pode ser comparada a uma viagem?
Sim. É da mente clareada pela razão, sede dos princípios superiores que governam a individualidade, que partem as forças que as­seguram o equilíbrio orgânico, por intermédio de raios que vitalizam os centros peris­piríticos, em cujos meandros se localizam as chamadas glândulas endó­crinas, que, a seu turno, despedem recursos que nos garantem a estabi­lidade do campo celular. Segundo Druso, "todos os estados acidentais das formas de que nos utilizamos, no espaço e no tempo, de­pendem, assim, do comando mental". A evolução para Deus pode, pois, ser com­parada a uma viagem divina: "O bem constitui sinal de passagem livre para os cimos da Vida Superior, enquanto que o mal significa sentença de interdição, constrangendo-nos a paradas mais ou menos difíceis de reajuste". (Ação e Reação, cap. 19, pp. 254 a 256.)

B. Que devemos entender por regime de sanções?   
Diz Druso que todos nós, para o recomeço das lides carnais, solicitamos o regime de sanções, ou alguém, em nosso nome, o faz, quando não dis­pomos do direito de fazê-lo. Por regime de sanções não se devem enten­der as lutas morais dentro do lar, nem a reaproximação com os Espíri­tos de que sejamos devedores, mas sim as providências retificantes, depois de muitas quedas reiteradas nos mesmos deslizes e deserções, que imploramos em favor de nós e em nós mesmos, como as deficiências congeniais com que ressurgimos no berço físico. Os que perderam opor­tunidades de trabalho na Terra pela ingestão de elementos corrosivos, como o álcool e outros tóxicos, tanto quanto os cultores da gula, atravessam quase sempre o sepulcro como suicidas indiretos e, desper­tando para a obra de reajuste indispensável, imploram o regresso à carne em corpos inclinados desde a infância à estenose do piloro, à ulceração gástrica, ao desequilíbrio do pâncreas, à colite e às múlti­plas enfermidades do intestino. Inteligências notáveis, com sucessi­vas quedas morais, através da leviandade com que se utilizaram do es­porte e da dança, pedem formas orgânicas ameaçadas de paralisia e reu­matismo, visitadas de achaques e neoplasmas diversos, que lhes obstem os movimentos. "A cegueira, a mu­dez, a idiotia, a surdez, a paralisia, o câncer, a lepra, a epilepsia, o diabete, o pênfigo, a loucura e todo o conjunto das moléstias difi­cilmente curáveis – explicou Druso – significam sanções instituídas pela Misericórdia Divina, portas adentro da Justiça Universal, aten­dendo-nos aos próprios rogos, para que não venhamos a perder as bên­çãos eternas do espírito a troco de lamentáveis ilusões humanas." (Obra citada, cap. 19, pp. 257 e 258.)

C. Em face das sanções referidas na questão anterior, que valor tem então a prece?
A prece é sempre um atestado de boa vontade e compreensão, no testemunho da nossa condição de Espíritos devedores. Sem dúvida, não po­derá modificar o curso das leis, diante das quais nos fazemos réus su­jeitos a penas múltiplas, mas renova-nos o modo de ser, valendo não só como abençoada plantação de solidariedade em nosso benefício, mas também como vacina contra reincidência no mal. Além disso, a prece fa­culta-nos a aproximação com os grandes benfeitores que nos presidem os passos, auxiliando-nos a organização de novo roteiro para a caminhada segura. Apesar das dificuldades que enfrenta, a criatura humana carreia consigo a faculdade de criar no próprio cosmo orgânico todas as es­pécies de anticorpos, imunizando-se contra as exigências da carne, fa­culdades essas que pode ampliar consideravelmente pela oração, pelas disciplinas retificadoras a que se afeiçoe, pela resistência mental ou pelo serviço ao próximo, com que atrai preciosos recursos em seu fa­vor. "Não podemos esquecer  - disse Druso - que o bem é o verdadeiro antídoto do mal." (Obra citada, cap. 19, pp. 259 e 260.) 

N.R. - Para acessar e ler o texto da semana passada, clique em http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2015/01/ninguem-se-eleva-pleno-ceu-sem-plena.html



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