sábado, 23 de maio de 2015

A gênese e o futuro do ser



JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Amiga leitora, que lindo dia! Agora emoldurado por enormes construções de pedra e de aço: edifícios, monumentos, pontes em quase todo o orbe terreno.
Mas nem sempre foi assim. Houve época, há bilhões de anos, em que a Terra estava em convulsões diversas. As placas tectônicas formadoras de terremotos se aproximavam, provocando abalos imensos. A incandescência interna provocava tão grande calor que o solo se arrebentava e se elevava, formando os conhecidos vulcões. Os mares e os continentes disputavam espaços, com imensa vantagem para os primeiros, cuja extensão de três quartas partes dominava o planeta azul.
Da imensidão telúrica, a vida orgânica começou a brotar e seres diferenciados foram surgindo, junto às algas marinhas, organismos hermafroditas, outros em transição e espécies diferenciadas de minerais, vegetais e animais, todos formados de um elemento primitivo, o hidrogênio.
Alguns bilhões de anos após, surgiria o ser humano, sob a direção suprema do Cristo, que por sua vez agia e age em nome do Arquiteto maior do universo, a quem chama de Pai. Com o desenvolvimento da inteligência, o homem começa a se questionar: Quem sou eu? O que faço na Terra? Quem me criou? Para que fui criado? Por que sou diferente dos outros animais?
E as respostas vão surgindo, gradativamente, mas sem violência, pois o destino do homem é estagiar na matéria, mas tornar-se luz, vez que o universo é formado de fótons, antes que do elemento material grosseiro, agregado pela ação da Vontade Divina e de seus prepostos iluminados, como o Cristo e seus auxiliares.
Assim, o livre-arbítrio vai se desenvolvendo paulatinamente no animal-homem, até que este se torne espírito iluminado. Enquanto animalizado, as respostas lhe parecem estar na própria natureza e na organização diferenciada da matéria que compõe organismos “vivos e não vivos”, ou seja, biológicos e mineralógicos, que ele confunde com os que têm e os que não têm vida. Isso decorre do seu desconhecimento da evolução que tem início no minério, prossegue no vegetal, continua no animal e, na Terra, se completa no hominal.
Mas a vida não se limita a essa condição. Transcende-a, e isso é o que assusta muitos cientistas e filósofos que ainda não conseguiram perceber o elo entre o espírito e a matéria, que se dá em outra dimensão da vida. Daí suas teorias se limitarem aos cinco sentidos físicos: tato, olfato, visão, audição e paladar.
Desse modo, o homem se vê como um animal pouco diferenciado dos demais, que evoluiu ao longo de milhões de anos, e pensa com isso responder à pergunta sobre quem é. Vê-se sujeito às mesmas necessidades orgânicas dos seres inferiores intelectualmente e julga encontrar nas próprias satisfações dos sentidos físicos a resposta sobre sua finalidade no mundo. Observa os fenômenos naturais e sua evolução material progressiva e imagina-se criado por uma simples disposição molecular da Natureza ocorrida nos bilhões de anos precedentes. Não vislumbra uma finalidade pós-existência física, devido ao seu apego às paixões, até certo ponto necessárias à sua evolução, e acredita-se criado para a satisfação de seus instintos materiais. Estuda as leis mecânicas e a evolução biológica ao longo dos milênios e se julga diferente dos demais animais exclusivamente pela própria evolução natural das espécies.
Como a inteligência precede a moral. Alguns pesquisadores, observando o próprio corpo, assim como os dos demais seres vivos e estudando as leis biológicas e mecânicas criam determinadas hipóteses e teorias para justificar sua existência na Terra e a dos demais seres animados e inanimados. Todas essas teorias são muito respeitáveis, mas são logo superadas por outras ao longo do tempo, pois somente quando o homem perder o receio e o preconceito de abordar o transcendente poderá encontrar as respostas reais para todos os seus questionamentos a respeito do porquê da vida.
Penalizado da situação desse “caniço pensante”, o Cristo nasceu entre nós e disse:
— Vim para lhes mostrar que a vida transcende a temporalidade da existência física e vou provar-lhes que somos imortais. Após realizar verdadeiros prodígios para a sua compreensão limitada das leis naturais, deixarei que matem meu corpo físico e, três dias após isso, reaparecerei para os meus apóstolos e, dias depois, para 500 pessoas na Galileia. Em seguida, tornarei ao mundo espiritual de onde vim e de onde vocês vieram, para aonde vou e para aonde vocês irão. Mas não os deixarei sós, estarei com vocês até o fim dos tempos, pois todos os seres humanos, mesmo os mais ignorantes, são feitos de uma natureza imortal: a do espírito, cuja evolução se deu com a da matéria, pois tudo tem uma finalidade no Universo.
Para o entendimento completo de minhas palavras, pela humanidade, no século XIX, permitirei uma manifestação organizada do mundo espiritual, que revelará à Terra a verdade sobre a imortalidade da alma e sobre a destinação real de todos os seres vivos: a felicidade eterna.
E foi assim que, a 18 de abril de 1857, Allan Kardec publicou as 1019 questões respondidas por espíritos de alta elevação. Entre outros, Sócrates, Platão, São João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, Swedenborg, Franklin, Fénelon, São Paulo, São Luís e o Espírito da Verdade, que, em nome do Cristo, coordenou todo o trabalho de trazer, das regiões sidéreas, não mais uma teoria, mas a verdade a se expandir para todo o sempre e nos consolar das dores ainda existentes no Mundo.
Essas questões estão em O livro dos espíritos, e todas elas foram desenvolvidas em outras quatro obras: O livro dos médiuns, O evangelho segundo o espiritismo, O céu e o inferno e A gênese. Leia-as, estude-as, pratique sua moral, que é a mesma do Cristo, e sua vida mudará para melhor.




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