domingo, 28 de junho de 2015

Mediunidade, a luz que seria derramada sobre toda carne...


Tema dos mais frequentes na correspondência enviada por alguns leitores, o desenvolvimento da mediunidade ainda suscita muitas dúvidas, mesmo no meio espírita.
Diz-nos Emmanuel que a mediunidade “é aquela luz que seria derramada sobre toda carne e prometida pelo Divino Mestre aos tempos do Consolador”, mas não deve ser fruto de precipitação, visto que a espontaneidade em tal assunto é indispensável.
De acordo com as recomendações constantes do opúsculo “Orientação ao Centro Espírita”, publicado pelo Conselho Federativo Nacional, o candidato ao desenvolvimento mediúnico deve frequentar inicialmente, por certo tempo, as reuniões de estudo doutrinário e as de assistência espiritual promovidas pela Casa Espírita. Se portador de processo obsessivo, deve, além da frequência às reuniões citadas, inscrever-se para o atendimento programado pelo Centro Espírita para os casos de obsessão.
Recomenda a mencionada obra que o candidato ao serviço mediúnico seja orientado para que controle as manifestações mediúnicas que veicula, reprimindo quanto possível a respiração ofegante, os gemidos, os gritos e as contorções, tanto quanto os batimentos de mãos e pés e quaisquer gestos violentos. E sugere, por fim, que ninguém deve participar de trabalhos mediúnicos antes de se educar satisfatoriamente, esquivando-se, assim, à ideia de que detém responsabilidades ou missões de avultada transcendência, mas, antes, reconhecendo-se portador de tarefas comuns.
O conhecimento evangélico-doutrinário é fundamental nesse processo, porque os centros cerebrais do médium representam bases de operação do pensamento e da vontade que influem em todos os fenômenos mediúnicos, desde a intuição pura até a materialização objetiva.
Léon Denis examinou o assunto em uma de suas obras. Segundo ele, para desenvolver o dom da mediunidade, o homem tem de se submeter a uma complexa preparação e observar certas regras de conduta, sendo preciso, simultaneamente, para isso, a cultura da inteligência, a meditação, o recolhimento e o desprendimento das coisas humanas.
Divaldo Franco entende, de igual modo, que a educação mediúnica exige, preliminarmente, o conhecimento que advém do estudo da mediunidade. Em seguida, a educação moral e, por fim, o exercício e a vivência da conduta cristã.
Através dos hábitos salutares do estudo e do exercício do amor, diz Divaldo, o médium se libera de quaisquer atavismos para fazer-se ponte entre ele e o Criador, sob a inspiração dos Espíritos Superiores.
Chico Xavier, o saudoso médium que todos admiramos, tinha relativamente ao assunto pensamento semelhante. O desenvolvimento da mediunidade, dizia ele, deve ser o burilamento da criatura em si, porque o aperfeiçoamento do instrumento naturalmente permitirá ao Espírito comunicante manifestar-se em melhores condições e seu aprimoramento moral lhe facultará sintonia com as entidades desencarnadas mais elevadas.


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