quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Pílulas gramaticais (174)


Como já vimos oportunamente, parônimo é o termo com que designamos as palavras que têm som semelhante ao de outras, mas grafia e significado diferentes.
É provavelmente à existência de palavras parônimas que devemos grande parte dos erros ortográficos que se veem nos periódicos que lemos. Trata-se, portanto, de um assunto que é sempre bom recordar.
Eis exemplos de parônimos, alguns deles muito frequentes em nossa vida: 
  • arriar (abaixar) e arrear (pôr arreios a) 
  • deferir (conceder) e diferir (transferir, adiar)
  • discrição (reserva) e descrição (representação, relato)
  • destratar (insultar) e distratar (desfazer o que se combinou)
  • emigrante (quem sai do próprio país) e imigrante (quem entra em país estranho)
  • iminente (que ameaça ocorrer) e eminente (excelente, alto)
  • imitir (fazer entrar) e emitir (lançar fora de si)
  • recrear (divertir) e recriar (criar de novo)
  • luxar (desarticular, deslocar) e luchar (sujar, emporcalhar).

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Muito usada na linguagem médica, a palavra luxação significa: deslocação de certos órgãos; deslocamento permanente das superfícies que compõem uma articulação e que, assim, perdem suas relações anatômicas normais. Pode originar-se de traumatismo, malformação (luxação congênita) ou de lesões outras, como artrites que incidam sobre articulação (luxação patológica ou espontânea).
Pertinente a luxação, temos o verbo luxar: praticar a luxação de; deslocar, desarticular; ficar deslocado; desarticular-se.
Não o confundamos, porém, com luchar, verbo mais usado em Portugal do que no Brasil e cujo significado é sujar, emporcalhar.



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