quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Pílulas gramaticais (184)



Concluindo o que dissemos na edição passada sobre a flexão verbal quando o sujeito da oração é composto, eis mais cinco casos especiais pertinentes ao assunto:
1. Quando houver gradação entre os núcleos: o verbo pode concordar com todos os núcleos (concordância lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo.
Exemplos:
Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam.
Uma palavra, um gesto, um olhar bastava.
2. Quando os sujeitos forem resumidos pelas palavras nada, tudo, ninguém: o verbo concordará com o aposto resumidor.
Exemplos:
Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu.
As lutas, as provas, as dificuldades, tudo contribuiu para fortalecê-lo.
3. Quando o sujeito for constituído pelas expressões um e outro, nem um nem outro: o verbo poderá ficar no singular ou no plural. 
Exemplos:
Nem um nem outro chegou.
Nem um nem outro chegaram.
4. Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados pela palavra ou: o verbo irá para o singular quando o pensamento for de exclusão, ou plural quando for de inclusão.
Exemplos:
João ou Paulo ganhará o prêmio (o pensamento aqui é de exclusão).
A poluição do ar ou a poluição sonora são nocivas ao homem (o pensamento aqui é de inclusão ou adição).
5. Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas tanto...como/ assim...como/  não só...mas também, ou semelhantes: o mais comum é o verbo ir para o plural, embora o singular seja aceitável se os núcleos estiverem no singular.
Exemplos:
Não só o pai mas também o filho viajaram para o litoral.
Não só o pai mas também o filho viajou para o litoral.
Tanto Mitterrand como o Lula perderam várias eleições.
Tanto Mitterrand como o Lula perdeu várias eleições.


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