sábado, 12 de março de 2016

Nossos ancestrais chimpanzés


JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Quando os historiadores, antropólogos e biólogos se empenham em pesquisar a “história da humanidade”, como o fez o dr. Harari (2015), descobrem, com base na determinação da idade estabelecida pelo carbono e pelos fósseis, que nossa suposta primeira mãe nasceu há 6 milhões de anos. E era chimpanzé. Seríamos, pois, primatas, com ancestral comum aos chimpanzés, embora estes não tivessem tido a mesma sorte que a nossa de nascer com algo mais na estrutura cerebral. Daí as duas ramificações de chimpanzés, propriamente ditos e homo, gênero humano que originou diversas espécies, como a do Homo neanderthalensis, Homo erectus, Homo soloensis, Homo floresiensis e Homo sapiens, só para citar algumas e tendo restado apenas a última.
O Homo sapiens teria exterminado todas as outras espécies humanas e, de 12.000 anos para cá vem reinando absoluto e destruindo a natureza e diversos gêneros de animais como nunca isso ocorrera em milhões de anos.
Mas no que toca ao cérebro mais desenvolvido ser a causa desse predomínio, isso não é bem assim... A causa primordial está nas leis que regem o espírito, desconhecidas pelos cientistas e pesquisadores que somente levam em conta o elemento material das leis universais e não os três elementos citados pelos espíritos a Allan Kardec: Deus, espírito e matéria (O livro dos espíritos, questão 27).
Amiga leitora, você que é cocriadora divina, que está apta a nos proporcionar um corpo físico, quando desejamos reencarnar, certamente entenderá, quando eu lhe disser que o ser humano possui duas naturezas: participa da natureza animal, pelo corpo com seus instintos e da natureza espiritual por sua alma (KARDEC, op. cit., questão 605). Entretanto, somos seres à parte, que tanto podemos nos rebaixar ao nível dos “brutos”, como também elevar-nos aos píncaros da luz espiritual (Id., q. 592).
Minha teoria é a de que todas as chamadas espécies de homens existentes, até o predomínio total do Homo sapiens, nos últimos doze mil anos, nada mais foram do que a evolução de uma mesma espécie que passou a se intitular sapiens. Por outro lado, o que Harari chama de chimpanzé é o primeiro protótipo de ser humano criado na Terra por Deus, cujos elementos espirituais formadores não derivaram de primatas, mas sim de um organismo apropriado a espírito simples e ignorante. O homem, embora fisicamente provenha de uma espécie aperfeiçoada dos primatas, há milhões de anos, pelo que toca à alma, é um ser à parte, doutor Harari, embora necessitando, como os demais seres criados por Deus, de desenvolver sua inteligência inicialmente por meio dos instintos, uma vez que, desde épocas remotas, conviveu com os animais. Releia o relato bíblico da criação. Viemos por último, como espécie aprimorada pelos embaixadores de Jesus Cristo, encarregado por Deus da formação, desenvolvimento da Terra e de ser nosso governador espiritual. O mundo espiritual preexiste ao mundo físico, que poderia mesmo deixar de existir sem que aquele continuasse vivo e em constante movimento ainda invisível aos olhos da maioria de nós.
O sapiens foi o resultado da evolução desse chamado hominídeo ao longo de milhões de anos, até chegar ao estágio atual. Harari afirma que o seu predomínio sobre todos os demais animais se deveu à característica única da linguagem fictícia e à cooperação grupal superior ao número de 150 indivíduos, o que não ocorre com os demais animais. Segundo esse historiador, a ficção é o que há de mais “singular na linguagem do sapiens” (2015, p. 32) e, junto com a “fofoca”, esse poder de comunicação torna-nos imbatíveis. Entretanto, o que ele chama de ficção é, na realidade, a influência do mundo espiritual, que sempre existiu, no mundo físico, e o que ele denomina “fofoca” é o uso inteligente das faculdades cognitivas do homem, inspirado por essas entidades invisíveis, para reagir contra tudo aquilo que lhe prejudica os interesses individuais e coletivos. Daí surgir a lei de ação e reação ou de causa e efeito, única lei a explicar racionalmente as provas e expiações individuais e coletivas, bem como a superioridade intelectual e moral de algumas pessoas sobre outras, como fruto do merecimento proveniente do bom uso do livre arbítrio e do seu desenvolvimento cognitivo.
A revolução cognitiva, ocorrida há 70.000 anos, teria sido o começo da ascensão do sapiens sobre todos os demais gêneros e espécies animais. Depois dela, a revolução agrícola fez do homem caçador-coletor o “rei da criação”. O sapiens também domesticou animais, como o cão, cujo vínculo conosco data de, no mínimo, 15.000 anos. A evolução e não a revolução cognitiva humana ocorre desde tempos imemoriais, ou seja, desde que este surgiu na Terra, há milhões de anos, como nos explicam os espíritos superiores. É lenta porque o espírito, antes de se revestir de um corpo hominal, estagia pelos demais reinos, como bem explica o filósofo Léon Denis na obra O problema do ser, do destino e da dor, publicada pela Federação Espírita Brasileira.
Chegamos ao estágio em que a ligação espírito e matéria é observada pelo nosso amigo historiador, assim como muitos outros pesquisadores que se ressentem de conhecimentos básicos sobre a evolução do espírito, concomitante à do corpo. Nesse ponto, conclui Harari que os caçadores-coletores, ou seja, nossos antepassados, eram animistas. Para eles, “todo lugar, todo animal, toda planta e todo fenômeno natural têm consciência e sentimentos”. Além disso, seria possível nossa comunicação com todos esses seres animados ou inanimados, e também ser possível nossa comunicação com os chamados mortos. Veja, leitor, que a informação dos espíritos a Allan Kardec simplesmente ratifica esse eterno intercâmbio entre os chamados “vivos” e “mortos”.
Pronto, está confirmada a informação dos espíritos superiores, sob a direção de Jesus Cristo, de que os fenômenos mediúnicos, portanto, o contato dos homens com os espíritos, existe desde que o homem adquiriu consciência, na Terra, de sua origem distinta da dos demais animais e a certeza de que seu destino é a perfeição. Mas para isso, é preciso complementar as pesquisas do livro Sapiens do Doutor Yuval Noah Harari com o que nos dizem os espíritos superiores nas cinco obras codificadas por Allan Kardec, acrescidas de obras complementares de inúmeros pesquisadores do tema, como o citado León Denis, Victor Hugo, Arthur Conan Doyle, César Lombroso, William Crookes e médiuns de todos os tempos, entre os quais, no Brasil, se destacam Chico Xavier, Zilda Gama, Yvonne Pereira e Divaldo Franco. Por isso, disse-nos o Cristo: Brilhe a vossa luz! (Mateus, 5:16).
Então, despeço-me de todos vocês, muitíssimo agradecido por todos esses cerca de 7.000 acessos a este blog, prometendo-lhes que breve retornarei, ou seja, na próxima semana, pois depois que me "encostei" nesse "médium", não mais o largo.
Saúde e luz!








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