terça-feira, 3 de maio de 2016

Contos e crônicas



Extraordinariamente... mãe

(Homenagem às admiráveis mães)


CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

Ser mãe.
Ser mãe é extraordinário. É descobrir uma mina de ouro de amor dentro do coração a partir do segundo que uma criaturinha pulsa no puro ventre materno. É sentir a mistura de opostos sentimentos, na mesma hora, como confiança e medo. É felicidade que transborda com tantos planos e os mais lindos desejos de bem-estar, saúde, proteção e alegria infinita. É descobrir-se uma heroína em defesa desse frágil bebê protegido ainda em seu interior. É saber que depois desse segundo de descoberta, sua vida nunca mais será a mesma, suas noites serão interrompidas por vários choros ou, então, por horas de inteira admiração. E sono, ah... o sono existirá, mas o imensurável amor compensará o corpo físico.
Serão meses de preocupação, sonhos, felizes pensamentos, diálogos repletos de ternura apenas entre mãe e filho, carícias tão verdadeiras... até o grande dia: o nascimento. A partir desse dia, a mulher será mãe, transformar-se-á em amável e doce flor e cuidará do pequenino ser tão dependente e companheiro nesta estrada. E essa mãe não se cansará de sorrir para esse amado filho e com tanta leveza e doçura tocar seu rostinho, suas mãos pequenas e olhar os olhos que abrem um mar de familiaridade... sentimento de que esses olhos só poderiam ser do seu próprio filho, de que é esse filho que o coração quer cuidar e os braços, carinhosamente, abraçar. É o filho perfeito em suas múltiplas apresentações. E os medos e as alegrias continuarão.
Os dias vão passar rapidamente e não se poderá segurá-los com as mãos, e a cada amanhecer a mãe se surpreenderá com mais um pouquinho do crescimento do bebê; ah... olhar amoroso e sorriso bobo e feliz serão presentes. Tudo poderá ser difícil, mas ao final das contas, quando o coração materno encontrar os olhos do filho, ele se sentirá como o mais completo do mundo.
E essa fase passará bem rapidinho e, com o tempo, o bebê se transformará em uma criança ainda mais amada. E a mãe se perguntará: Como em mim há tanto amor? Logo a adolescência se aproximará e esse coração amará mais do que o tempo da infância, o amor só aumenta; virão, então, as conversas curiosas, as escolhas de planos, as discordâncias naturais, pois antes de mãe e filho, são espíritos com milhares de anos vividos e, pelo motivo perfeito, reencontrados no momento.
Conquistas, tristezas, alegrias, dores são acompanhamentos da vida e como só vive quem aceita senti-los, mãe e filho estão nessa caminhada. E o adolescente virou adulto, e a mãe continuou mãe, pois mesmo o filho de mais idade, será o menino na eternidade de uma mãe. E para esse adulto, a voz materna sempre soará cuidadosamente desde o pedido para não esquecer o casaco até o olhar do mais puro amor renovado.
Mãe. Esse nome traz confiança, paz, harmonia, carinho e muito aconchego com ternura. Mãe é também mulher, mas um pouco mais mãe, pois despertado esse sentido não há como adormecê-lo e seguir como se não o tivesse conhecido.
E as mães são de espécies variadas: há a que aconchegou o filho por nove meses; há a que sem aconchegá-lo apaixonou-se à primeira vista perdidamente; há a que encontrou o seu tesouro quando este já estava maiorzinho; há a que sem esperar foi mãe e descobriu a maior alegria da vida; há a que foi por pouquíssimo tempo, mas conheceu o encanto materno e passou a distribuir para as muitas crianças sem mãe; há também a que se dedica exclusivamente ao filho necessitado e há para todas as mães a Mãe maior que olha por todas elas, a doce Virgem Maria.
E a vida segue. E as mães, de uma forma ou de outra, acompanharão seus filhos... pelos olhos, pelo toque, pelo cuidado, pelo carinho, pelo pensamento, pela prece e, acima de tudo, pelo coração.

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