terça-feira, 28 de junho de 2016

Contos e crônicas



A aritmética cuja felicidade é o resultado

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

Em muitos casos, o menos transforma-se em mais, como é o caso de dar menos importância às infrutíferas e insignificantes atitudes, às coisas desnecessárias que, muitas vezes, recebem apreço supérfluo sem raízes profundas, pois, de fato, são como as ervas daninhas que só prejudicam o campo.
As causas nobres é que devem ser valorizadas porque, simplesmente, possuem valor real, e quanto antes percebemo-las, tanto antes a leveza e a felicidade serão assíduas visitantes em nossa vida até se tornarem definitivas moradoras. Essas causas podem ser reconhecidas com facilidade, logo que todo ato benfazejo gera bem-estar ao coração.
Quando se fala que o menos transforma-se em mais é pelo motivo de algo desnecessário simplesmente não receber falso valor ou ainda algo que em maior quantidade poderia, de alguma forma, estragar ou prejudicar pessoas e realizações.
E nesta aritmética podem-se, com facilidade, enumerar alguns fatores que quando vivenciados com menor grau possível, mais surtirá efeito benéfico no fim das contas. Pode-se iniciar por menos egocentrismo, o que resultará em abundante harmonia ao próprio coração e aos que estiverem por perto, pois o comportamento egocêntrico limita a apreciação das belas paisagens, das boas convivências, dos produtivos acontecimentos, logo que a atenção somente estará voltada aos próprios olhos no espelho, ao olhar estrábico dos próprios pés. Egocentrismo é a cegueira vaidosa nos passos cinza da vida.
Também quando se dá menos valor ao consumismo cria-se tempo para contemplar a natureza, estar com quem se ama, fazer o que se gosta e presentear o coração com o verdadeiro sentimento e não com tristes doses de ilusão, pois, na verdade, o consumismo não passa de um falso preenchimento para a alma, um refúgio do aflito. E outra vez menos consumismo resultará em mais felicidade.
Ainda há o narcisismo que sufoca a modéstia, e quando ele se apresenta em menos proporção também resulta em mais agradabilidade ao ambiente. É desagradável demais dividir o espaço com pessoas narcisistas, pois não há conversa, nem maturidade, nem vontade de continuar no mesmo local que uma pessoa assim, já que sua própria imagem lhe basta; a solidão abraçará esse coração triste. A beleza consiste nas benfazejas atitudes.
Tanto mais se verifica que, em muitos casos, menos será adoravelmente mais. Toda ação negativa, desajustada, egoísta, decerto trará infelicidade, sofrimento e desgaste primeiro ao realizador e, por conseguinte, aos participantes do momento. Além disso, todo sentimento equivocado e ilusório somente aumentará o vazio e aprofundará o precipício.
Em vez disso, se o coração mais desejar a leveza e a felicidade, apenas intensificar as boas ações e os proveitosos sentimentos... ele sabe quais são, e iniciar o desprendimento dos ranços do primitivismo já que existe o céu para a liberdade e o crescimento, logo, o campo das flores mais lindas e reais se abrirá diante do seu olhar e trará à sua alma o estado mais pleno que possa sentir, pois a emoção verdadeira sempre preencherá o coração; as supérfluas e as sem valor causarão aflição e tristeza, já que são vazias e efêmeras.
E na matemática da vida, as adições e elevações à potência são sempre bem-vindas e necessárias para as verdadeiras e benéficas atitudes, ao passo que para as ilusórias e infelizes, a redução a zero será a melhor solução para um novo e verdadeiro caminho mais feliz.

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