terça-feira, 13 de setembro de 2016

Contos e crônicas



A consciência da responsabilidade universal

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

Não se é capaz de muito progredir se o senso de responsabilidade e a consciência de que somos uma família não forem sentidos e compreendidos. Como se pode conhecer a paz se irmãos sofrem ainda todo tipo de dor e privação? De fato, razões existem e nosso papel não é o julgamento, mas, sim, a colaboração para o cumprimento de algumas etapas a fim de que os passos coletivos sejam mais definidos rumo à evolução.
Caso o comportamento de se importar apenas com o próprio e limitado universo seja mais natural do que se devia, então, infelizmente, falta quase todo o entendimento de que somos uno sob os olhos do Pai. Não se pensa em resolver as questões alheias, pois muito ensinarão ao espírito necessitado desse recurso, entretanto, pode-se ampará-lo com as boas palavras, o sorriso amigo, a atenção em ouvir, uma tarefa a compartilhar, um ensinamento a fortalecer, o abraço a reafirmar o seu lugar na vida, a crença de que haverá sempre o amor para ensinar a viver.
Quando nos importamos apenas com os episódios particulares e nada mais realizamos em prol de outrem, quanto atraso e despropósito lançamos ao universo que naturalmente nos devolve. Não basta apenas existirem flores em meu jardim, nem apenas livros e conhecimento em minha biblioteca, muito menos comida só em meu armário ou conforto em minha casa, não basta apenas o meu mundo isolado ser aparentemente perfeito se deixo de realizar mínimas atitudes positivas ao também eterno espírito ao meu lado. Não somos responsáveis por tudo de forma completa, nem de longe temos essa condição, mas somos muito responsáveis pela pequenina, singela ou mais notável ação, conforme o nosso progresso.
Se há conquista em uma área de estudo, compartilhe-a com quem possui interesse; se há ternura multiplicada, reparta-a com quem nenhum carinho ainda conheceu; se há compreensão de algo, mesmo que superficial, leve a luz aos pensamentos do próximo; se há um prato de comida, divida-o com quem há dias nada come; se há espaço na sala para mais aprendizes, convide-os a participarem; se já compreende a responsabilidade no Universo, ensine-a aos outros também essa necessidade.
Recebemos o que doamos. E não há nenhuma glória em realizar o que é inteiramente natural, falta apenas a consciência de que somos uma família em um lar. Essa doação se inicia no pequeno núcleo familiar, pois não é considerável abandonar os mais próximos para amparar outros ainda desconhecidos. O diâmetro do amparo possui o começo bem em seu interior e após camadas iniciais conquistadas expande-se harmoniosamente.
Criar oportunidades sem constrangimento é amor; responsabilizar-se pelo meio ambiente, pessoas, animais, flora, fauna é conscientização; cultivar a bondade na vida é compreender que a eternidade é o tempo exato para o desenvolvimento de um planeta melhor com mais luz e bem-estar, mansidão e felicidade.
Se somos herdeiros de nossa própria conduta, sejamos, então, sensatos e hábeis para construirmos estradas uniformes com flores à margem que nos conduzam à real essência do que verdadeiramente é a vida em seu sentido universal, pois toda pequenina ação contribui para o estado do Universo.
Então, mais consciência, mais respeito, mais bondade, mais carinho, mais progresso, mais luz nos sentimentos, mais oportunidade... por favor, mais responsabilidade e mais amor.

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