domingo, 11 de setembro de 2016

Reflexões à luz do Espiritismo



Até para os animais existe um futuro promissor

Em um grupo de estudos espíritas, alguém perguntou-nos se os animais também experimentam uma evolução do seu princípio espiritual e podem, em determinado momento, transformar-se em seres humanos.
Todo ser vivo, de qualquer reino da Natureza, é dotado de um princípio espiritual.
Nos animais vertebrados, ou seja, provido de espinha dorsal ou coluna vertebral, esse princípio espiritual é individualizado e podemos chamá-lo de "alma". Assim, o chimpanzé é dotado de "alma" – claro que é alma de animal, diferente da alma humana.
Segundo os estudiosos do Espiritismo, a diferença está em que a alma dos animais não é capaz de gerar pensamento contínuo; a alma humana, sim, é capaz disso.
Em seu livro Evolução em dois Mundos, 2ª Parte, cap. XVIII, pp. 211 e 212, André Luiz refere-se ao assunto e diz que o cão, o macaco, o gato, o elefante, o muar e o cavalo seriam os animais superiores mais amplamente dotados de riqueza mental, como introdução ao pensamento contínuo. Ele ressalva, porém, que existem ideias-fragmentos de determinado sentido mais avançadas em certos animais que em outros, o que torna difícil afirmar qual, dentre eles, é o detentor de mais dilatadas ideias-fragmentos.
As almas dos animais evoluem por meio de encarnações inúmeras e experiências múltiplas e vão sendo utilizadas, gradativamente, nas espécies animais mais evoluídas. Quando chega o momento em que essa alma atingiu o ápice possível no reino animal, ela estará pronta para seu ingresso no chamado reino hominal, cuja característica, além da possibilidade de gerar pensamento contínuo, é ser dotada de livre-arbítrio, um atributo exclusivo do Espírito humano.
Podemos apresentar um exemplo bem singelo disso: o joão-de-barro constrói sua casinha da mesma forma que o fazia 80 anos atrás e tudo indica que continuará a fazê-la assim. A alma que anima determinado joão-de-barro poderá, contudo, no decurso desse tempo, passar a animar outras espécies mais evoluídas do reino animal e, assim, sucessivamente, até atingir um dia – milhões ou bilhões de anos depois – a condição de alma humana, fato que não ocorre em planetas como o nosso, mas, sim, nos chamados mundos primitivos. A escala dos mundos é tratada por Kardec no cap. III do livro O Evangelho segundo o Espiritismo.
Referimo-nos aqui à evolução do princípio espiritual, que, não sendo diferenciado no início, torna-se individualizado nos animais vertebrados e, em determinado momento, poderá chegar à condição de alma ou Espírito humano.
No tocante à forma material, Darwin mostrou que existe igualmente uma evolução. Espécies extintas deram lugar a outras espécies, como vemos demonstrado nas obras científicas, em decorrência de um processo evolutivo muito lento que corre paralelamente à evolução do princípio espiritual. É por isso que se diz – embora Darwin jamais o tenha dito – que o homem descende do macaco.


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