sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Iniciação aos clássicos espíritas




Depois da Morte

Léon Denis

Parte 12 e final

Concluímos hoje o estudo metódico e sequencial do livro Depois da Morte, de autoria de Léon Denis, de acordo com a tradução feita por Torrieri Guimarães, publicada pela Hemus Livraria Editora Ltda. Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de: 
- questões preliminares
- texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

                      Questões preliminares

A. Que representa o trabalho para as criaturas humanas?
B. A sobriedade e a castidade são virtudes que devemos cultivar?
C. Que importância tem a educação para o progresso dos povos?
D. Quais são, segundo este livro, os princípios essenciais da filosofia espírita?

Texto para leitura

240. O trabalho é lei em todos os planetas, mas torna-se mais suave à medida que a vida se apura. Quando o homem se ocupa com seu trabalho, as paixões se aquietam e acalmam-se as angústias do Espírito. (P. 315)
241. A antiguidade romana considerava desonroso o trabalho e disso derivou sua esterilidade moral, sua corrupção. A filosofia espírita mostra-nos na lei do trabalho o princípio de todo o progresso. (P. 316)
242. Para conservar a alma livre, a inteligência sadia, lúcida a razão, a primeira condição é sermos sóbrios e castos: é preciso reduzir a soma das exigências materiais, comprimir os sentidos, domar os apetites vis. (P. 317)
243. A sobriedade e a continência caminham juntas: os prazeres da carne amolecem-nos, enervam-nos, afastam-nos do caminho da sapiência. (P. 317)
244. A família, o amor da esposa, o afeto dos filhos, a sadia atmosfera do lar são preservativos poderosos contra as paixões. (P. 317)
245. A sobriedade, a continência, a luta contra as seduções dos sentidos não são, como querem os mundanos, uma infração às leis naturais, uma mutilação da vida. (P. 318)
246. Ao contrário, revelam profunda compreensão das leis superiores, clara intuição do futuro. O Espírito do voluptuoso consome-se, após a morte, em inúteis desejos. Quem coloca a felicidade nos prazeres da carne priva-se por muito tempo da paz de que gozam os Espíritos elevados. (PP. 318 e 319)
247. O estudo é fonte de doces e puras alegrias, liberta-nos das preocupações vulgares e faz com que esqueçamos as dores da vida. (P. 320)
248. As gerações transformam-se e aperfeiçoam-se pela educação; por isso, a educação da infância requer o máximo cuidado. (P. 323)
249. Não basta, porém, ensinar à criança os elementos da ciência: tão essencial quanto ler, escrever e contar, é saber governar-se e conduzir-se como ser racional, consciente, que enfrenta a vida armado não só para a luta material mas, sobretudo, para a luta moral. (P. 323)
250. Raramente uma boa educação moral é obra de professores: para despertar na criança as primeiras aspirações ao bem, para modificar um caráter difícil, são necessários a firmeza, a perseverança e o amor de que é capaz apenas o coração de um pai ou de uma mãe. (P. 324)
251. Mas a tarefa do educador não é tão difícil quanto parece e não exige nenhuma cultura científica: pequenos e grandes podem dedicar-se a ela quando compreendem o alto escopo e as consequências da educação. (P. 324)
252. Considerando as tendências que a criança traz, devemos aplicar-nos a desenvolver-lhe as boas e a aniquilar as más. Não propiciemos demasiadas alegrias aos nossos filhos e não confiemos nossos filhos a outros, a menos que isso seja absolutamente necessário. (P. 324)
253. Uma educação baseada no conceito exato da existência mudaria a face do mundo. Fazei que cada família transmita sua fé aos filhos. Falemos ao coração deles e, ensinando-os a despojar-se de suas imperfeições, lembremos que a verdadeira ciência consiste em nos tornarmos melhores. (P. 325)
254. A aplicação dos sistemas preconizados pelo Socialismo não apresentou, até o momento, senão resultados mesquinhos. (P. 327)
255. É que para viver associados exigem-se raras qualidades: a causa do mal e seu remédio não estão onde geralmente os buscamos; são vãs as criações artificiais enquanto o indivíduo não se melhora. (P. 327)
256. A mulher ocupa, nos trabalhos espíritas, posição eminente, pois que, dada a delicadeza de seu sistema nervoso, é dentre as mulheres que saem os melhores médiuns. (P. 330)
257. Os Espíritos afirmam que, encarnando-se de preferência num corpo feminino, a alma se eleva mais rapidamente para a perfeição. (P. 330)
258. Se queres libertar-te dos males terrenos e fugir às reencarnações dolorosas, guarda bem esta lei moral: não dês senão o indispensável ao homem material, ser efêmero que terminará com a morte; cultiva com amor o Espírito, que é imortal; afasta-te das coisas perecíveis: honras, riquezas, prazeres mundanos, porque tudo são fumaças e apenas o bem, o belo, o verdadeiro são eternos. (PP. 332 e 333)
259. No capítulo LVI deste livro, o autor resume em 9 itens os princípios essenciais da filosofia dos Espíritos: Deus, evolução, imortalidade da alma, a educação da alma como finalidade da vida etc. (PP. 333 a 336)
260. A vida terrestre é uma escola na qual a alma se educa e aperfeiçoa com o trabalho, o estudo, o sofrimento. A felicidade e a dor não são eternas. (P. 334)
261. O bem é a lei suprema do Universo, a finalidade da evolução dos seres. O mal não tem existência própria; é efeito de um contraste: é o estado de inferioridade pelo qual passam todos os seres, na sua ascensão para um estado melhor. (P. 335)
262. Sendo a educação da alma a finalidade da vida, é útil resumir os seus preceitos: reprimir as necessidades grosseiras, os apetites materiais e criar para si necessidades intelectuais e elevadas; lutar, combater, sofrer, se preciso, para o progresso dos homens e dos mundos; encaminhar os semelhantes para a luz da verdade e do belo; amar a verdade e a justiça, praticar com todos a caridade, a benevolência. Eis o segredo da felicidade futura, eis o dever! (P. 336)
263. De todas as teorias, a espírita é a única que nos fornece a prova objetiva da sobrevivência do ser e ensina-nos o modo de corresponder-nos com aqueles que, impropriamente, chamamos mortos. (P. 338)
264. O Espiritismo não tem outra ambição senão a de tornar os homens mais felizes, fazendo-os melhores; e a todos traz calma, confiança, firmeza na provação. (P. 338)
265. Tudo quanto é material é efêmero: as gerações passam como as ondas do mar, os impérios desmoronam-se, os mundos perecem, os sóis se apagam; tudo termina, tudo desaparece, mas três coisas existem que vêm de Deus e, como Deus, são eternas: Sabedoria, Virtude, Amor! Esforça-te por conquistá-las; alcançando-as, tu te elevarás acima do que é passageiro e transitório, para apenas gozares o que é eterno. (P. 340)

Respostas às questões preliminares

A. Que representa o trabalho para as criaturas humanas?
O trabalho é lei em todos os planetas, mas torna-se mais suave à medida que a vida se apura. Quando o homem se ocupa com seu trabalho, as paixões se aquietam e acalmam-se as angústias do Espírito. Se a antiguidade romana considerava desonroso o trabalho e disto derivou sua esterilidade moral, a filosofia espírita mostra-nos na lei do trabalho o princípio de todo o progresso. (Depois da Morte, cap. LII, pp. 315 e 316.)
B. A sobriedade e a castidade são virtudes que devemos cultivar?
Evidentemente. Para conservar a alma livre, a inteligência sadia, lúcida a razão, a primeira condição é sermos sóbrios e castos. É preciso reduzir a soma das exigências materiais, comprimir os sentidos, domar os apetites vis. A sobriedade e a continência caminham juntas; os prazeres da carne amolecem-nos, enervam-nos, afastam-nos do caminho da sapiência. A sobriedade, a continência, a luta contra as seduções dos sentidos não são, como querem os mundanos, uma infração às leis naturais, uma mutilação da vida. Ao contrário, revelam profunda compreensão das leis superiores, clara intuição do futuro. O Espírito do voluptuoso consome-se, após a morte, em inúteis desejos. Quem coloca a felicidade nos prazeres da carne, priva-se por muito tempo da paz de que gozam os Espíritos elevados. (Obra citada, cap. LII, pp. 317 a 319.)
C. Que importância tem a educação para o progresso dos povos?
A educação é de fundamental importância para o progresso dos povos. As gerações transformam-se e aperfeiçoam-se pela educação; por isso, a educação da infância requer o máximo cuidado. Não basta, porém, ensinar à criança os elementos da ciência. Tão essencial quanto ler, escrever e contar, é saber governar-se e conduzir-se como ser racional, consciente, que enfrenta a vida armado não só para a luta material mas, sobretudo, para a luta moral. Raramente uma boa educação moral é obra de professores; para despertar na criança as primeiras aspirações ao bem, para modificar um caráter difícil, são necessários a firmeza, a perseverança e o amor de que é capaz apenas o coração de um pai ou de uma mãe. Mas a tarefa do educador não é tão difícil quanto parece e não exige nenhuma cultura científica. Pequenos e grandes podem dedicar-se a ela quando compreendem o alto escopo e as consequências da educação. Considerando as tendências que a criança traz, devemos aplicar-nos a desenvolver-lhe as boas e a aniquilar as más. Não propiciemos demasiadas alegrias aos nossos filhos e não confiemos nossos filhos a outros, a menos que isso seja absolutamente necessário. Uma educação baseada no conceito exato da existência mudaria a face do mundo. Falemos ao coração de nossos filhos e, ensinando-os a despojar-se de suas imperfeições, lembre­mos que a verdadeira ciência consiste em nos tornarmos melhores. (Obra citada, cap. LIII a LV, pp. 323 a 325.)
D. Quais são, segundo este livro, os princípios essenciais da filosofia espírita?
Deus, evolução, imortalidade da alma e a educação como finalidade da vida. Para o Espiritismo, a vida terrestre é uma escola na qual a alma se educa e aperfeiçoa com o trabalho, o estudo, o sofrimento. O bem é a lei suprema do Universo, a finalidade da evolução dos seres. O mal não tem existência própria; é efeito de um contraste, é o estado de inferioridade pelo qual passam todos os seres, na sua ascensão para um estado melhor. (Obra citada, cap. LVI e Conclusão, pp. 333 a 336.)


Nota:
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