sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Iniciação aos clássicos espíritas



Por que creio na imortalidade da alma

Sir Oliver Lodge

Parte 2

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Por que creio na imortalidade da alma, de autoria de Sir Oliver Lodge, de acordo com a tradução feita por Francisco Klörs Werneck, publicada pela Federação Espírita do Estado de São Paulo em 1989.
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
- questões preliminares
- texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

Questões preliminares

A. Segundo Oliver Lodge, em que repousa a essência da religião?
B. As inteligências espirituais podem influenciar o homem?
C. Há nesta obra alguma referência ao corpo espiritual ou perispírito mencionado na obra de Kardec?

Texto para leitura

14. Tudo o que possuímos como prova, acrescenta Lodge, “diz respeito à persistência individual após a separação de nosso invólucro terrestre”. “Seria, pois, presunção pretender saber o que nos reservará um futuro algo obscuro e remoto. É, na verdade, um amanhã sobre o qual não temos necessidade de pensar agora.” (P. 2)
15. “Que nos baste saber, no momento - conclui Lodge -, que esta vida não é o fim de nossa individualidade e que, se soubermos utilizá-la com retidão, constituirá ela a primeira etapa, por muito tempo adiada, de uma tarefa sempre mais efetiva, tarefa em harmonia com a nossa natureza íntima, equivalente, por consequência, à liberdade completa.” (P. 2)
16. Afirma Lodge que foi apenas alguns séculos depois de Copérnico que a ideia da Terra como um corpo celeste entre uma multidão de outros penetrou na inteligência popular. Esta grande revolução no pensamento é hoje um fato mais ou menos aceito e admite-se a existência de uma porção de outros mundos, ao menos no tocante à constituição material e aos seus movimentos no espaço. (P. 3)
17. Citando o Padre Tyrell, Oliver Lodge lembra que a essência da religião repousa na crença em um outro mundo, em uma outra ordem de existência e em nossas tentativas para entrar em relação com ele. (P. 5)
18. A base de todas as religiões - diz Lodge - é a crença na existência de um mundo espiritual, isto é, na existência de inteligências ou seres mais elevados do que o homem. Quando se admite a existência dessas inteligências, sente-se que elas podem influenciar e auxiliar-nos. Quando se entrevê a possibilidade de entrar em relação com elas e obter seu auxílio, torna-se essa crença mais do que intelectual e desabrocha em forma de religiões mais ou menos perfeitas. (P. 5)
19. Os sábios, no entanto, reagiram contra essa tendência para o supranormal e alguns vão até ao desprezo e à condenação dessas experiências, sob a alegação de que estas se encontram fora da verdadeira ciência, enquanto outros as aceitam, humildemente, sem buscar pesquisar e compreender. (P. 5)
20. A maioria, porém, considerando de forma respeitosa e mesmo compassiva a conduta das pessoas religiosas, é de opinião que essas coisas nada têm a ver com as suas ocupações profissionais e intelectuais e, sem negá-las, por elas não se interessam. (P. 5)
21. As negações de ordem especulativa deveriam ser confirmadas por conhecimentos mais extensos e o apoio da Ciência, mas, no decurso destes últimos anos, vários daqueles que haviam consagrado suas vidas aos estudos científicos fixaram a sua atenção sobre certos fenômenos bizarros e pouco comuns, fenômenos que muitas pessoas consideram como a demonstração da existência de um mundo invisível e supranormal, e provavelmente espiritual. (P. 7)
22. Após detido estudo desses fenômenos, alguns chegaram à conclusão de que a explicação mais fácil a respeito deles se encontra na hipótese de que nossa existência não é limitada apenas à Terra e às coisas terrestres, como supomos, e que estamos em relação e em contato com uma outra espécie de vida. (P. 7)
23. Uma segunda revolução de Copérnico está assim em curso: a Terra não é mais a morada única da inteligência. A inteligência penetra e domina o Espaço. Ela é ativa em toda parte, não está ausente em parte alguma. (P. 7)
24. Parece também que a vida encarnada, tal como a conhecemos, tem necessidade da substância complexa a que chamamos protoplasma, à guisa de morada. Essa aglomeração molecular complexa não se pode formar senão em uma temperatura bastante baixa. O mesmo se dá com certos átomos de que ela se compõe. (P. 7)
25. A vida na Terra se acha distinta e evidentemente associada à matéria, em toda a parte que isso seja possível. Além disso, é possível imaginar uma outra estrutura composta de éter, tão sólida e substancial quanto a matéria ordinária, com a diferença de que ela ultrapassa o limite dos nossos sentidos corporais e que não está sujeita à intervenção muscular direta. (P. 8)
26. O corpo material, que vemos e tocamos, não é nunca o corpo inteiro. Ele deve possuir uma contraparte para manter sua entidade. “Em minha opinião - diz Lodge -, a vida e o Espírito não estão nunca diretamente associados à matéria e não podem agir senão indiretamente por suas conexões com um veículo etérico que é o seu real instrumento, um corpo etérico, que, por sua inter-reação, é capaz de influenciar a matéria.” (P. 9)

Respostas às questões preliminares

A. Segundo Oliver Lodge, em que repousa a essência da religião?
Evocando o que dizia o Padre Tyrell, Oliver Lodge diz que a essência da religião repousa na crença em um outro mundo, em uma outra ordem de existência e em nossas tentativas para entrar em relação com ele. (Por que creio na imortalidade da alma, pág. 5.)
B. As inteligências espirituais podem influenciar o homem?
Oliver Lodge diz que sim, e não só isso, porque, segundo ele, podem também auxiliar-nos. (Obra citada, pág. 5.)
C. Há nesta obra alguma referência ao corpo espiritual ou perispírito mencionado na obra de Kardec?
Sim. Oliver Lodge diz que o corpo material, que vemos e tocamos, não é nunca o corpo inteiro e deve possuir uma contraparte para manter sua entidade. “Em minha opinião – afirma Lodge -, a vida e o Espírito não estão nunca diretamente associados à matéria e não podem agir senão indiretamente por suas conexões com um veículo etérico que é o seu real instrumento, um corpo etérico, que, por sua inter-reação, é capaz de influenciar a matéria.” (Obra citada, pág. 9.)


Nota:
Link que remete ao texto anterior:





Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.




Nenhum comentário:

Postar um comentário