quinta-feira, 15 de junho de 2017

Iniciação ao estudo da doutrina espírita



Liberdade de pensamento
e de consciência

Este é o módulo 32 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. A liberdade de pensar é sempre ilimitada?
2. Na vigência da Inquisição católica, a liberdade de pensar era respeitada?
3. Como a Justiça Divina age nos casos em que alguém impõe coerção à liberdade de outrem?
4. Até que ponto vai a liberdade do homem?
5. Quando é que um povo é verdadeiramente livre e digno de usufruir da liberdade?

Texto para leitura

A liberdade de pensar é ilimitada
1. A liberdade de pensamento, como a de agir, constituem atributos essenciais do Espírito, outorgados por Deus ao criá-lo.
2. A liberdade de pensar é sempre ilimitada, porquanto ninguém pode domar o pensamento alheio, aprisionando-o. Assim ensinam os Espíritos ao responderem à questão 833 de O Livro dos Espíritos, esclarecendo que “no pensamento goza o homem de ilimitada liberdade, pois que não há como pôr-lhe peias. Pode-se-lhe deter o voo, porém não aniquilá-lo”.
3. Quando muito, por causa da inferioridade e imperfeição de nossa civilização, tenta-se conter a manifestação exterior do pensamento, ou seja, a liberdade de expressão, porque, se existe algo que escapa a qualquer opressão, é a liberdade de pensar. É por ela que o homem pode gozar de liberdade absoluta. Ninguém consegue aprisionar o pensamento de outrem, apenas entravar-lhe a liberdade de exprimi-lo.
4. Com o progresso social, a liberdade, em todas as suas modalidades, tem evoluído, especialmente a liberdade de pensar, porquanto atualmente já não vivemos na época do “crê ou morre”, como ocorria nos tempos da Inquisição católica.
5. De século para século, menos dificuldades tem encontrado o homem para pensar sem peias e a cada geração que surge mais amplas se tornam as garantias individuais no que tange à inviolabilidade do foro íntimo. São bem distintas, assim, a liberdade de pensar e a de agir, pois enquanto a primeira se exerce com total amplitude, sem barreiras, a última ainda padece de extensas e profundas limitações.

A coerção imposta à liberdade de outrem é sinal de atraso
6. A liberdade de pensar, conquanto ilimitada, depende, porém, do grau evolutivo de cada Espírito, de sua capacidade de irradiação e discernimento. É que, à medida que o Espírito progride, desenvolve-se seu senso de responsabilidade sobre seus atos e pensamentos.
7. Toda oposição exercida sobre a liberdade de uma pessoa constitui sinal de atraso espiritual. Constranger os homens a proceder em desacordo com seu modo de pensar é fazê-los hipócritas. A liberdade de consciência é um dos caracteres da verdadeira civilização e do progresso.
8. A lei natural confere a toda criatura humana a liberdade de pensar, falar e agir, desde que, exercendo esse direito, se respeitem os direitos do próximo. Se o uso da liberdade engendra sofrimento e coerção para outrem, quem assim age incide em crime passível de punição, seja por parte das leis humanas, seja por parte da Justiça Divina, e esta jamais falha.
9. Em virtude do mecanismo da justiça divina o limite da liberdade individual se encontra inscrito na consciência de cada pessoa, o que gera para ela mesma o cárcere de sombra e dor, em que expungirá mais tarde, mediante o impositivo da reencarnação, as faltas porventura cometidas.
10. O limite de nossa liberdade está, portanto, determinado onde começa a liberdade do próximo. Em todas as relações sociais e em nossas relações com nossos semelhantes, é preciso nos lembremos constantemente disto: Os homens são viajantes em marcha, ocupando pontos  diversos na escala da evolução pela qual todos subimos. Nada devemos, por conseguinte, exigir ou esperar deles, que não esteja em relação com seu grau de adiantamento.

Sem disciplina moral, a liberdade é um logro
11. O Espírito só estará verdadeiramente preparado para a liberdade no dia em que as leis universais, que lhe são externas, se tornem internas e conscientes pelo próprio fato de sua evolução.
12. No dia em que ele se compenetrar da lei e fizer dela a norma de suas ações, terá atingido o ponto moral em que o homem domina e governa a si mesmo. Daí em diante não mais precisará do constrangimento e da autoridade sociais para corrigir-se.
13. Ocorre com a coletividade o que se dá com o indivíduo. Um povo só é verdadeiramente livre, digno de usufruir da liberdade, se aprendeu a obedecer à lei interna, lei moral, eterna e universal, que não emana nem do poder de uma casta, nem da vontade das multidões, mas de um poder mais alto.
14. Sem a disciplina moral que cada qual deve impor a si mesmo, as liberdades não passam de um logro; tem-se a aparência, mas não os costumes de um povo livre. Estabelece o código divino, com absoluta clareza: Tudo o que se eleva para a luz eleva-se para a liberdade.

Respostas às questões propostas

1. A liberdade de pensar é sempre ilimitada?
Sim. A liberdade de pensar é sempre ilimitada, porquanto ninguém pode domar o pensamento alheio, aprisionando-o.
2. Na vigência da Inquisição católica, a liberdade de pensar era respeitada?
Não. Nos tempos em que Inquisição exercia seu poder, vivia-se o regime do “crê ou morre”, num total desrespeito à dignidade humana.
3. Como a Justiça Divina age nos casos em que alguém impõe coerção à liberdade de outrem?
Quem assim age incide em crime passível de punição e gera para si mesmo o cárcere de sombra e dor, em que expungirá mais tarde, mediante o impositivo da reencarnação, as faltas porventura cometidas.
4. Até que ponto vai a liberdade do homem?
O limite da liberdade do homem vai até onde começa a liberdade do próximo.
5. Quando é que um povo é verdadeiramente livre e digno de usufruir da liberdade?
Um povo só é verdadeiramente livre, digno de usufruir da liberdade, se aprendeu a obedecer à lei interna, lei moral, eterna e universal, que não emana nem do poder de uma casta, nem da vontade das multidões, mas de um poder mais alto.


Nota:
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